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Há 33 anos Margarida Maria Alves era assassinada

No dia 12 de agosto de 1983 a líder sindical paraibana Margarida Maria Alves era assassinada por um pistoleiro de aluguel na frente de sua casa, seu filho e marido. O crime encomendado por usineiros da região, teve como acusados o soldado da PM Betâneo Carneiro dos Santos, os irmãos pistoleiros Amauri José do Rego e Amaro José do Rego e o motorista Biu Genésio.

Margarida presidiu o sindicato de Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB) de 1967 até 1983. Lutou pelos direitos dos trabalhadores do campo, como jornada de trabalho de oito horas, carteira assinada e 13º salário.

O crime teve repercussão internacional, com denúncia encaminhada à Corte Internacional de Direitos Humanos e várias outras entidades semelhantes. Severino, o marido de Margarida, dizia que “ela era uma mulher sem medo, que denunciava as injustiças”. Na época de sua morte, 72 ações trabalhistas estavam sendo movidas contra os fazendeiros locais.

Símbolo da luta pelos direitos dos trabalhadores rurais, Margarida recebeu, postumamente, o prêmio Pax Christi Internacional, em 1988; em 1994, foi criada, pela Arquidiocese da Paraíba, a Fundação de Defesa dos Direitos Humanos Margarida Maria Alves e, em 2002, recebeu a Medalha Chico Mendes de Resistência, oferecida pelo GTNM/RJ. O dia de seu assassinato, 12 de agosto, é conhecido como o Dia Nacional de Luta contra a Violência no Campo e pela Reforma Agrária.

Recentemente, a Comissão de Anistia ligada ao Ministério da Justiça aprovou  a condição de anistiada política post-mortem para Margarida Maria Alves. A Comissão decidiu que os filhos de Margarida terão direito a uma prestação mensal de R$ 1,7 mil e um retroativo — montante acumulado durante os anos de perseguição — de R$ 181 mil.

Fundação de Defesa dos Direitos Humanos Margarida Maria Alves mantém também a Campanha ‘Margarida na Memória’, com o intuito  de dar acesso a arquivos e informações importantes sobre todo o caso. Você pode acessá-la no link: http://bit.ly/1L3DtcD

33 anos depois muitas são as vozes que lembram e falam sobre sua luta, uma luta por melhores condições de vida da população e pelos direitos mais primordiais para nossa existência.

Fundação Margarida Maria Alves

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Redação DiárioPB

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