GERAL

Future-se: estudantes e professores da Paraíba rejeitam programa do MEC para universidades

O programa Future-se, do Ministério da Educação (MEC), que prevê a abertura ao financiamento privado nas universidades e institutos federais, foi mal recebido por alunos e professores da Universidade Federal da Paraíba. A proposta do governo Bolsonaro foi apresentada pela reitora Margareth Diniz nesta segunda-feira (22) e criticada por integrantes da comunidade acadêmica.

A apresentação do polêmico projeto lotou a assembleia universitária que, marcada para ocorrer no Centro de Ciências Jurídicas, teve que ser transferida para o Centro de Vivência, para melhor acomodar os participantes. Essa foi a primeira de uma série que será realizada em cada um dos centros da UFPB. Depois, será aberto um fórum para decidir se a universidade adere ou não à proposta.

Dividido por eixos temáticos – gestão, governança e empreendedorismo; pesquisa e inovação; e internacionalização –, o Future-se prevê que parte do orçamento das instituições passe a ser constituído por um fundo imobiliário, que seria formado a partir da venda de imóveis ociosos pertencentes ao patrimônio das universidades. Posicionaram-se contra o presidente da Associação dos Docentes da UFPB (ADUFPB), Cristiano Bonneau, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba (Sitespb), Geralda Vítor, e a deputada estadual Cida Ramos (PSB).

As reitorias que aderirem ao Future-se serão obrigadas a trabalhar com a organização social a ser contratada pelo MEC, adotando sistema de gestão indicado pelo ministério, com detalhes que ainda não foram apresentados, que inclui ainda “programa de integridade, mapeamento e gestão de riscos e controle interno”, devendo submeter-se a auditoria externa.

A minuta do projeto de lei do programa pretende mudar trechos de 17 leis atualmente em vigor, incluindo alterações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o Plano de Carreiras e Cargos do Magistério Federal, a lei que trata dos fundos constitucionais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e regras para isenção tributária de importações e deduções do imposto de renda.

O governo também defende que a captação de recursos extras seja feita por meio de doações de empresas ou de ex-alunos para financiar pesquisas ou investimentos de longo prazo. Em outro ponto, prevê a concessão legal para empresas nomearem com suas marcas campi e edifícios, os chamados naming rights, além da criação de ações de cultura que possam se inscrever em editais de fomento, como a Lei Rouanet.

Rede Brasil Atual com informações de Maurício Melo, via site Parlamento PB

Ouça nossa Rádio enquanto você navega no Portal de Notícias


  Podcast Dez Minutos no Confessionário

Redação DiárioPB

Portal de notícias da Paraíba, Brasil e o mundo

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo