CINEMA

Fest Aruanda se consolida no cenário audiovisual brasileiro

O 16º Fest Aruanda, que aconteceu de 9 a 15 de dezembro em João Pessoa, encerrou sua edição se consolidando como um dos principais festivais de cinema no Brasil e privilegiando a produção cinematográfica paraibana. A próxima edição já foi anunciada: será do dia 8 a 15 de dezembro de 2022. E já existe o primeiro nome de um dos homenageados: o paraibano Jurandir Moura, poeta, jornalista e cineasta, escolhido por toda sua dedicação à sétima arte.
Para o idealizador e diretor executivo do festival, Lúcio Vilar, a avaliação desta edição foi muito positiva. Durante sete dias, o Fest Aruanda contemplou, em um só espaço, profissionais e amantes do cinema com um leque amplo de atividades e para diferentes públicos. Nomes como Júlio Bressane, Othon Bastos e Ney Matogrosso reafirmaram o sucesso do evento, que levou mais de 70 filmes ao público, tanto de forma presencial como virtual. “A edição que teve a expansão como mote de sua curadoria e organização, tem avaliação extremamente positiva em todos os aspectos. O público atendeu ao apelo do evento e aprovou a programação, seleção, mesas e ações formativas. O melhor é que os relatos têm sido feitos pelos próprios convidados, especialmente os de fora, o que denota isenção e qualifica o nosso trabalho, ou seja, estamos no trilho certo”, afirmou Lúcio Vilar. Para a próxima edição de 2022, muitas ideias já estão sendo lançadas como a de incrementar e ampliar a Mostra Competitiva da União Europeia, que foi muito bem aceita este ano. De acordo com o diretor executivo, a proposta já conta com o apoio do professor Manuel Damásio, da Universidade Lusófona, que fica em Lisboa.
Homenagens – Assim como esta edição prestou homenagem a Othon Bastos, José Siqueira, Ely Marques, Cristina Amaral e W.J. Solha, a edição de 2022 já começou a eleger os homenageados. O primeiro nome divulgado por Lúcio Vilar é Jurandir Moura. Nascido na cidade paraibana de Taperoá, Moura foi cineasta, jornalista, crítico e poeta. “Essa homenagem será feita com muita honra e senso de justiça com a memória da cinematografia paraibana”, acrescentou Lúcio.
Magia da sala escura – A expectativa para a retomada das salas de cinema era muito grande. Neste contexto, o 16º Fest Aruanda foi um marco para um público que há muito ansiava por este momento. Segundo Vilar, havia uma demanda represada muito intensa e volumosa para voltar a frequentar a sala escura do cinema. “Havia uma demanda represada muito intensa e volumosa para voltar ao escurinho do cinema, à magia da sala escura e isso se revelou com a presença do público em todas as sessões, cujo corolário foi o ‘grand finale’ com a presença iluminada de bambas do cinema brasileiro, como Othon Bastos, Julio Bressane e Ney Matogrosso, que além de cantor, também é ator, e uma solenidade de premiação que surpreendeu positivamente pelas escolhas corajosas e acertadas que foram tomadas por todos os júris”, falou.
Outra parceria que rendeu excelentes resultados foi com a Central Única de Favelas (Cufa), que permanecerá na edição de 2022. O Cine Aruandinha este ano focou na inclusão de meninos e meninas, que puderam ir ao cinema. “Nesta edição, colocamos quase 400 crianças das periferias de João Pessoa em dois dias de programação na melhor sala do Cinépolis. Muitas delas nunca tinham entrado numa sala de cinema. Essa foi uma das maiores emoções proporcionadas a mim, particularmente, que apresentei a sessão e vi, na prática, o que muitas vezes falamos apenas teoricamente sobre a ideia de inclusão audiovisual”, lembrou.
Reconhecimento – O ator Othon Bastos afirmou que é preciso que, cada vez mais, existam festivais como o Aruanda. “Divulgar a produção local, trazer filmes de outras cidades, de outros países, formar público… são muitos os desafios e também são muitas as conquistas. Tenho certeza que o Fest Aruanda terá uma vida longa”, afirmou.
Para o cineasta Marcus Vilar, o Fest Aruanda já está no patamar dos grandes festivais brasileiros. “O festival cumpre seu papel de divulgar e fortalecer o audiovisual paraibano e exibe o panorama nacional. Circulo muito por festivais e o Aruanda está no mesmo porte que os mais reconhecidos”, disse.
Patrocínios e apoios – A 16ª edição do Fest Aruanda teve patrocínio master do Grupo Energisa, da Cagepa e copatrocínio da PBGás, via Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, sob a chancela do CCHLA-UFPB e da Bolandeir@rte&Films, produtora do evento. A assessoria de imprensa local ficou por conta da Vivass Assessoria & Comunicação, e a nacional, feita pela agência Procultura. O Festival contou, ainda, com apoio da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC). “Queremos agradecer aos nossos patrocinadores que seguiram conosco em 2021, em especial à Cagepa, essa empresa de economia mista que tem responsabilidade social e se tornou instância de fomento à cultura e à produção de festivais paraibanos”, disse Lúcio.

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Redação DiárioPB

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