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Encontro de Agroecologia alerta que brasileiro consume mais de sete litros de veneno por ano

ENCONTRO ECOLOGIA“O brasileiro está consumindo, por ano, em sua alimentação, 7,36 litros de agrotóxicos”. A denúncia foi feita durante o XV Encontro Regional de Agroecologia (ERA/2015) realizado durante o final de semana no campus da Universidade Federal da Paraíba em Bananeiras. “Esse é um alerta muito grave”, disse o deputado estadual Frei Anastácio (PT) que participou da programação do encontro, que sábado (2) teve uma caminhada pelas ruas de Bananeiras.

De acordo com o deputado, em 2010 esse consumo era de cinco litros de veneno, por pessoa. “Com esse avanço no uso de agrotóxicos teremos mais doenças, mais mortes e mais degradação do meio ambiente. Os agrotóxicos transmitem diversas doenças para o ser humano e muitas delas são fatais”, lamentou o deputado.

O parlamentar recebeu da coordenação do encontro, a carta elaborada – a partir das discussões dos 500 estudantes universitários de todo o Nordeste – com solicitação de encaminhamento para a Assembleia Legislativa, Ministério Público Estadual e Federal, Governo do Estado,Vigilância Sanitária,IBAMA e Sudema.

O deputado disse que esse assunto do uso indiscriminado de agrotóxicos, é um dos temas que vem debatendo desde o primeiro mandato dele. “Já conseguimos aprovar a Lei 9.781/2012, que institui o Dia Estadual de Combate ao uso de Agrotóxicos na Paraíba, comemorado em 19 de março, dia de São José”, destacou.

O parlamentar ressaltou que esse dia, comemorado com uma feira agroecológica, no Ponto de Cem Reis em João Pessoa, já há três anos, serve para despertar e informar a população sobre o perigo que todos estão correndo ao consumir alimentos com veneno.

Frei Anastácio destacou ainda que a Paraíba já é um dos destaques nacionais, nesse assunto, ao criar 40 feiras agroecológicas que comercializam mensalmente cerca de 170 toneladas e alimentos produzidos sem veneno. “Nosso mandato está presente desde a primeira feira criar em João Pessoa e iremos continuar com essa luta, para o bem do povo e do meio ambiente”, afirmou.

De acordo com o deputado, os estudantes – que são futuros profissionais ligados ao meio ambiente – alertam na carta do ERA/2015, que é preciso a implantação da agroecologia como ferramenta de transformação da realidade do campo e da sociedade em geral.

“Eles também expressam a necessidade de medidas que possibilitem o fortalecimento da extensão universitária, como ferramenta que aproxime os corpos discentes e docentes, agricultores e movimentos sociais garantindo uma troca de saberes e experiências levando em conta o saber tradicional e o científico. Isso é muito bom a difusão dos conhecimentos”, relatou Frei Anastácio.

Assessoria

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