Encontrada a prova da fraude da Globo para promover Huck
O jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço, encontrou a prova de que a Globo mentiu ao dizer que o programa promocional com seu funcionário Luciano Huck ocorreu quando ele negava a intenção de disputar a presidência da República.
Na realidade, a gravação é recente e prova que a Globo usou sua concessão pública para conceder uma espécie de horário eleitoral gratuito a um empregado da casa que ela pretende colocar na presidência, depois ferir a democracia brasileira, com a derrubada da presidente Dilma Rousseff e a campanha contra o ex-presidente Lula.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) já afirmou que o PT irá ao TSE para que a corte puna a Globo e Huck por campanha antecipada e abuso de poder econômico.
Abaixo, o artigo de Brito:
Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
A imprensa brasileira tem capacidade de apurar tudo, quando quer.
E não se sente no dever de fazer isso quando acha que “não vem ao caso”.
Há, porém, exceções em alguns casos. E nenhuma, em outros.
Este blog duvidou da informação distribuída pela Globo de que o “Divã” do Faustão com a exibição de Luciano Huck teria sido gravado no longínquo 11 de novembro, antes de que o apresentador tivesse, publicamente, negado ser candidato à Presidência.
Hoje, o Painel da Folha levanta dúvidas sobre isso, informando que Faustão se refere ao artigo de Huck “desistindo” da disputa, que só foi publicado dia 17/11.
É pior, muito pior.
É uma mentira descarada, e se você olhar o vídeo oficial, da própria emissora, verá que a “entrevista” se inicia com uma pergunta sobre se choveu ou não no reveillon e qual dos filhos deu mais trabalho na festa. Huck chega a falar em estar no palco “nos primeiros dias de 2018”.
É evidente que o programa é recente, tão evidente quanto ter sido autorizado – ou determinado – pela direção da emissora.
Mas ninguém vai pedir explicações, como ninguém foi indagar desde quando e quanto Luciano Huck recebe de publicidade da Petrobras para apresentar um merchandising da empresa em seu programa, como se divulgou aqui.
Não é do interesse público, já que a empresa é pública e Huck se tornou um personagem público e político?
Mas se faz o silêncio, nada inocente.
Brasil 247