Diretor confirma dificuldades financeiras do Laureano e apela: ‘precisamos de ajuda’
Após a denúncia do paciente Cícero Tiago de Sousa, 31 anos, de que o hospital Napoleão Laureano não está realizando o tratamento de quimioterapia por falta de medicamentos, o diretor financeiro da fundação, Marcelo Lucena, em contato com o portal Paraiba.com.br, confirmou que tem passado por uma séria crise monetária.
“Somos uma instituição filantrópica, dependemos de ajuda financeira. O SUS não custeia nem metade do tratamento e não recebemos auxílio nem do Estado, nem da Prefeitura Municipal de João Pessoa. Tem situações em que o SUS paga apenas R$ 10 pela consulta médica. O médico não vai fazer por esse valor. Quem tem nos auxiliado ainda, por incrível que pareça, são os municípios do interior”, contou.
O diretor revelou que o tratamento com quimioterapia, que custa mais de R$ 1 milhão por mês, foi paralisado por conta dos altos custos. Ao todo, os gastos do Laureano ultrapassam os R$ 6 milhões. Ele ainda exaltou que, apesar disso, ainda está funcionando normalmente o serviço de fisioterapia, fonoaudióloga, cirurgias, psicologia e outros serviços.
“Realizamos mais de um milhão de procedimentos em 2018, atendemos a 76% dos casos de câncer da Paraíba, mesmo após a inauguração do Hospital de Patos, além de outros estados”, afirmou.
Marcelo recordou que o Napoleão recebia um convênio de R$ 300 mil mensais do governo do estado que não foi renovado desde o início de 2018 e que os valores gastos são contabilizados em dólares, o que prejudica ainda mais as finanças.
“O orçamento é curto para a demanda. Se cada um pudesse ajudar com um pouco seria muito bom para todos até porque muitos só lembram do Laureano quando precisam”, apelou.
por Portal Paraíba