Deputada mostra preocupação com número de feminicídios na Paraíba
A deputada estadual Estela Bezerra (PSB) mostrou preocupação com o número de feminicídios registrados na Paraíba. Ela destaca que apesar de todo o trabalho na área de Segurança Pública realizado pelo ex-governador Ricardo Coutinho e agora por João Azevêdo, metade dos homicídios contra mulheres registrados no último mês de janeiro são feminicídios.
Os casos estão sendo investigados, mas muitos foram cometidos pelos companheiros ou ex-companheiros das vítimas. Segundo Estela Bezerra, é importante termos um olhar sobre os principais problemas que atingem mais da metade da população. “As mulheres somam mais de 51% da população, e não tem como preparar políticas públicas sem envolver esse percentual”, afirmou a parlamentar.
De acordo com a Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba (Seds), por meio da Lei de Acesso à Informação, 76 pessoas foram assassinadas no Estado. Um total de 1.083 mulheres foram mortas de 2009 a 2018. Em 2018 foram 84 mortes. Embora o Governo da Paraíba tenha afirmado redução de 29% nos casos desde 2010, os números mostram que a situação ainda é preocupante.
Estela tem ressaltado a necessidade de ações que combatam o feminicídio no Estado. Ela tem se posicionado, na Casa, sobre as várias violências cometidas contra as mulheres. A deputada salientou a importância da tipificação do crime de feminicídio no sentido de penalizar mais duramente os assassinos.
“Temos casos de homens que matam suas esposas na frente dos filhos e que passam 3 anos quando vão presos”, destacou. A parlamentar participou, no fim do ano passado, da assinatura do decreto do Governo do Estado que criou o Grupo de Trabalho Interinstitucional para investigar, processar e julgar, com perspectiva de gênero, as mortes violentas de mulheres ocorridas no Estado.
Ela também tem denunciado os casos de violência sexual contra as mulheres e o preconceito que ainda cerca as vítimas. “No Brasil inteiro, 10 mulheres chegam à rede hospitalar diariamente, vítimas de estupro coletivo. Esse crime ainda é subnotificado porque a maioria das mulheres não consegue denunciar, seja pelo medo do agressor, ou pelo medo de ser julgada como responsável”, afirmou.
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Assessoria