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Conferência de Saúde começa hoje em JP discutindo qualidade no SUS

Matéria saúdeCerca de 600 pessoas devem discutir a partir de hoje a qualidade da saúde pública na maior cidade paraibana, a capital João Pessoa. A partir das 18 horas acontece abertura oficial da sétima edição da Conferência Municipal de Saúde, no auditório principal do Centro Cultural Ariano Suassuna, no Tribunal de Contas do Estado (TCE), no bairro de Jaguaribe.

O evento é preparatório à conferência estadual, que ocorrerá no período de 24 a 26 de setembro, e irá discutir os principais gargalos do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente o atendimento nas unidades de saúde de João Pessoa. “Abrir a conferência no TCE para nós é simbólico porque um dos maiores problemas que enfrentamos na atualidade é a falta de transparência na gestão financeira da saúde e esse não é um problema exclusivo da capital”, diz Sônia Lacerda, presidenta do Conselho Municipal de Saúde da capital paraibana.

“Vamos discutir publicamente todos os problemas que a imprensa vem denunciando nos últimos meses, no Trauminha, no Traumão, no Santa Izabel, nas UPAs e nos PSFs. Também estaremos discutindo o próprio papel da mídia na cobertura dessa área, com uma oficina que será ministrada pelo assessor de imprensa do Conselho Nacional de Saúde, o jornalista paraibano Luiz Henrique da Silva”, informa.

No sábado, 11, e no domingo, 12, as discussões ocorrerão no Lyceu Paraibano. Ali serão usadas 16 salas para que grupos de 50 pessoas, entre usuários, trabalhadores do SUS e gestores possam discutir problemas e propostas a partir de oito eixos temáticos previamente sugeridos pelo Conselho Nacional de Saúde, que realizará a conferência nacional, em Brasília, entre os dias 01 a 05 de dezembro.

Para Lacerda, os temas principais vão girar em torno da privatização e terceirização, o sub-financiamento, a humanização do atendimento, a questão ética dos profissionais da saúde, a qualidade da gestão e os problemas ocasionados pela grande concentração dos serviços da saúde, nas capitais e cidades maiores. “Temos buscado apoio no Ministério Público, no Tribunal de Contas e outros órgãos fiscalizadores. João Pessoa acaba recebendo uma demanda gigantesca de, praticamente, todas as cidades do interior e de usuários que vêm de outros estados. Por outro lado, os parcos recursos são muito mal administrados, sem falar na corrupção endêmica e no lobby que o sistema sofre de vários interesses empresariais. Nesse panorama caótico, os mais prejudicados são os cidadãos que dependem do SUS e que veem seus impostos desperdiçados”, acrescenta a presidenta.

Tenda Paulo Freire

Paralela à programação oficial, a sétima conferência de saúde terá ainda uma programação alternativa paralela, que ocorrerá na Tenda Paulo Freire, numa iniciativa do Movimento Popular de Saúde (MOPS) e do próprio Conselho Municipal de Saúde. “A tenda vai abrigar o espaço Marcelo Cidalina, em homenagem a um ex-conselheiro nosso, que faleceu há dois anos por causa da anemia falciforme. Ali vamos discutir o papel da mídia no fortalecimento do SUS, a questão da humanização no atendimento de saúde para a doença falciforme, alternativas e terapias complementares em saúde pública, reforma política, democratização da comunicação e outros temas transversais que dialogam diretamente na busca da melhoria da qualidade do SUS em João Pessoa”, diz Sônia.

Redação: Dalmo Oliveira

ASCOM CMS-JP

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