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Cannabis para uso medicinal: um debate urgente e necessário

Cannabis para uso medicinalA eficácia do uso de substâncias derivadas da Cannabis para tratamento de epilepsia, esclerose múltipla, doenças neurológicas, alívio de sintomas do câncer, entre outros, já é comprovado pela ciência e liberado em alguns países, onde a eficácia já se mostra exitosa. No Brasil, a importação do Cannabidiol e doTetrahydrocanabinol, ou THC, algumas das substâncias derivadas da Cannabis, já são liberadas pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, desde o ano passado.

No final do mês de abril, A 2ª Vara da Justiça Federal na Paraíba determinou à Anvisa que autorize a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança –Abrace a cultivar e manipular a planta Cannabis exclusivamente para fins medicinais. A decisão foi dada em conformidade com o parecer do Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), que opinou pelo deferimento do pedido da associação.

Apesar dessa vitória, pacientes e familiares precisam lidar com o estigma que o uso da Cannabis ainda carrega, além da dificuldade em se adequar às normas que liberam o cultivo para uso medicinal.

A deputada estadual Estela Bezerra acredita que a informação e o debate são os melhores caminhos para que a população compreenda a necessidade desses pacientes e diminua o estigma em relação ao uso medicinal da Cannabis.

“A Casa parlamentar é um lugar de discussão a todos os assuntos que visam garantir direitos da população. Levar esse debate à Assembleia Legislativa garante que o assunto vai ser tratado com a seriedade devida. O uso medicinal da Cannabis é uma necessidade para muitas famílias, e o mandato se sensibiliza com essa causa”. Uma audiência pública para discutir o tema será realizada próxima sexta-feira (12) na ALPB, a partir das 9h.

Para Júlio Américo Pinto Neto, presidente da Liga Canábica da Paraíba (associação sem fins lucrativos, criada a partir da luta dos pais e familiares de crianças com epilepsia de difícil controle), a decisão da justiça paraibana abre o caminho para o debate social em torno do tema.

“É como se a Justiça estivesse reconhecendo o poder medicinal e o valor que essa planta tem para a população, principalmente para aqueles que sofrem com tantas patologias crônicas, porque não é só epilepsia, mas alzheimer, parkinson, câncer, entre outras que fazem tanta gente sofrer. O caminho foi aberto para que essa planta possa ser usada para todas as pessoas, principalmente as mais pobres e necessitadas”, acredita Júlio Américo.

Assessoria

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Redação DiárioPB

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