Brasil vence Camarões por 1X0 no último amistoso do ano
Durou sete minutos a última tentativa de Tite afinar o setor ofensivo em 2018. Neymar, por quem quase tudo passa, saiu machucado no início e permitiu que Richarlison fincasse ainda mais seu nome na lista da Copa América do ano que vem. O substituto criou as melhores jogadas da seleção brasileira e fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre Camarões. Ao longo do jogo, Tite trocou Firmino por Gabriel Jesus, Willian por Douglas Costa, mas nenhum dos atacante que foi à Copa do Mundo teve tanto êxito como Richarlison. Camarões assustou numa arrancada em velocidade, no início do segundo tempo, mas Bahoken não conseguiu finalizar e perdeu grande chance.
Em sete minutos, o estádio mudou do vinho para a água. Antes, cada aparição de Neymar no telão era uma festa, até mesmo durante o hino nacional. Mas quando ele caiu, com dores na perna que o impediram de seguir na partida, a vaia foi enorme. Não para ele, mas para a certeza de que talvez o craque nunca mais volte a Milton Keynes. Mas entrou Richarlison. Ele foi o maior responsável por animar os frustrados ingleses. Firmino, ídolo local também bastante festejado, teve três ótimas chances, mas parou no goleiro Onana. Ele só não foi capaz de segurar a cabeçada de Richarlison, no último lance: 1 a 0. Camarões tentou contra-atacar, mas esbarrou na mistura atrapalhada de velocidade demais com técnica de menos.
Depois de um duelo particular, Firmino e Onana foram substituídos por Gabriel Jesus e Ondoa, e eles logo protagonizaram um lance bizarro. Sabe-se lá por qual motivo, o goleiro reserva de Camarões resolveu disputar de cabeça com o centroavante brasileiro, fora da área. A bola sobrou e o próprio Jesus, com pouco ângulo, acertou a trave, sem goleiro. Ondoa virou motivo de brincadeira da torcida, com apupos a cada vez que pegava na bola. Era cedo para subestimá-lo. No fim, ele impediu gols do bom Allan, Gabriel Jesus e Richarlison. O resto do segundo tempo não merece tantas linhas: escolhas erradas e pouca emoção.
A seleção brasileira termina 2018 com 0,2 gol sofrido por jogo, sua menor média em todos os tempos, superando a marca atingida em 2017, de 0,36. A equipe levou apenas três gols em 15 partidas. Só que o bom desempenho defensivo não foi suficiente na Copa do Mundo, já que dois desses gols foram da Bélgica, na eliminação das quartas de final.
Apesar da lesão e de ter perdido os dois primeiros jogos do ano, por causa de uma cirurgia no pé, Neymar termina 2018 como principal artilheiro da seleção brasileira, com sete gols em 13 jogos. Coutinho, com cinco, ficou logo atrás.
GE