Brasil perde para os Estados Unidos e está fora do Mundial de Basquete
O Brasil fez jogo duro por quase três quartos, mas acabou não resistindo à forte seleção dos Estados Unidos: perdeu pelo placar de 89 a 73, sendo eliminado da Copa do Mundo de Basquete, na manhã desta segunda-feira, em Shenzhen, na China. Precisando da vitória para avançar às quartas-de-final, se vencesse seria a primeira colocada, a equipe acabou em quarto e último lugar no grupo K, com mesmo número de pontos (oito) de República Tcheca e Grécia: as três seleções somaram três vitórias e duas derrotas no total, mas o Brasil ficou atrás nos critérios de desempate. A vaga na próxima fase da Copa do Mundo de Basquete ficou com os tchecos. De quebra, o Brasil também não tem mais chances de conquistar uma das duas vagas diretas do continente americano para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. Estados Unidos e Argentina estão classificados. Ainda resta uma oportunidade para o Brasil garantir um lugar na Olimpíada: a Seleção disputa o Pré-Olímpico com outros cinco países também das Américas.
Durante os primeiros 24 minutos de partida, o Brasil conseguiu conter os norte-americanos, considerados os favoritos ao título na China. Mesmo com a expulsão do técnico Aleksandar Petrovic por reclamação, no meio do segundo quarto, a Seleção Brasileira foi para o intervalo com uma desvantagem de apenas quatro pontos (43 a 39). Na volta do vestiário, o Brasil ainda manteve a toada por alguns instantes, mas no meio do terceiro período, o comandante dos Estados Unidos, Gregg Popovich, colocou um quinteto mais baixo em quadra, sem pivôs. Com um jogo muito rápido de transição, roubos de bola viraram cestas fáceiis e bolas de três. A vantagem norte-americana rapidamente pulou dos seis pontos no meio do terceiro quarto (54 a 48) para 21 pontos no decorrer do último quarto (83 a 62). A inspiração de Vitor Benite, cestinha do Brasil e do jogo, com 21 pontos, não foi suficiente para uma reação. Os EUA, liderados pelo armador Kemba Walker e pelo pivô Myles Turner – cada um com 16 pontos – não passaram por mais sustos até assegurar a vitória por 89 a 73. Os norte-americanos, que chegaram à China sob certa desconfiança por terem levado uma equipe considerada de terceiro escalão, avançaram à fase de mata-mata como uma das quatro equipes ainda invictas. As outras são Espanha, Argentina e Austrália. O adversário dos EUA nas quartas-de-final será a França. Os norte-americanos tentam o terceiro título mundial consecutivo, algo inédito na história.
Após a partida, o ala-armador Leandrinho destacou a qualidade dos Estados Unidos e questionou algumas marcações da arbitragem. Foram duas faltas técnicas que resultaram na exclusão do técnico Petrovic.
“Estados Unidos é sempre Estados Unidos. É um time muito difícil, atlético. A gente conseguiu segurar até um certo tempo e achei que algumas faltas, que eram para ter sido chamadas, não foram. Eu falei com o Steve Kerr (assistente técnico dos EUA) e ele também concordou com isso. Acontece. A gente perdeu. Doi, depois de ter feito uma campanha muito boa na primeira fase, então é triste”, lamentou o ala-armador.
Agora, o Brasil volta as atenções para a busca por uma vaga na terceira Olimpíada consecutiva. A campanha na China garantiu à Seleção o direito de disputar o torneio Pré-Olímpico em junho do ano que vem. Existe a possibilidade de que a competição seja jogada no Brasil.
“O foco tem que ser em chegar para ser campeão mesmo, ganhar para classificar. A gente sabe que não vai ser fácil, mas o primeiro passo a gente deu aqui. Tem muita coisa para acontecer ainda até lá. Esse foi um dia duro pra gente, por causa da eliminação, mas é manter a cabeça boa e pensar positivo para conseguir essa vaga lá na frente”, enfatizou o pivô Anderson Varejão.
Agência Brasil