Brasil encerra 2015 com vitória, novo esquema e gols de novos titulares

seleção comemoraUma atuação segura, uma vitória sem sustos, um novo titular e um esquema tático diferente. Assim terminou o irregular ano de 2015 da seleção brasileira. Renato Augusto e o 4-1-4-1, dois elementos vistos no Corinthians campeão brasileiro, entraram e colaboraram para o triunfo de 3 a 0 sobre o Peru. O meia fez o segundo, Douglas Costa (outro que ganhou chance nesta terça) e Filipe Luís os outros. O Brasil não encantou, mas mostrou larga evolução: mais compacto, uma transição mais rápida, com tentativas de triangulações e de uma posse de bola menos inútil, mais impositiva. Willian e Douglas Costa, com arrancadas e dribles, destruíram o Peru, que teve uma chance no início com Guerrero, e depois assistiu sem pagar ingresso.

Dunga escalou a seleção brasileira, pela primeira vez desde o início do jogo, no 4-1-4-1, esquema do Corinthians, campeão brasileiro nas próximas rodadas. Com Elias e Renato Augusto, “emulou” o meio-campo do clube paulista. Mas houve diferenças. Faltou o hábito de se posicionar dessa forma. A diferença crucial para o que Tite faz esteve no lado direito. Em vez de Jadson, Dunga teve Willian, mais agudo, mais rápido. Enquanto o corintiano tem o costume de fechar, o jogador do Chelsea buscou o fundo. Com Douglas Costa do outro lado (eles inverteram no segundo tempo), o 4-3-3 ditou o ritmo ofensivo.

Com a suspensão de Neymar, e sua mania de individualizar a maioria dos lances nessas duas últimas partidas, não é exagero dizer que Willian termina 2015 como o grande jogador da Seleção na temporada. Com arrancadas invejáveis, habilidade e companheirismo, saíram de seus pés as melhores jogadas. E Douglas Costa? Um gol e duas grandes jogadas que originaram gols de Renato Augusto e Filipe Luís o colocam, obrigatoriamente, entre os destaques.

Elias jamais teve tanta permissão para atacar na Seleção. Partiu dele o passe para Willian criar a jogada do primeiro gol. Outras tantas vezes ele se tornou um elemento importante na articulação ofensiva. Antes, era nulo. Certamente, fruto do sistema ao qual está habituado a atuar no Corinthians. Não houve brilho, mas evolução em relação ao que ele vinha fazendo vestido de camisas amarelas.

Renato Augusto não repetiu, é claro, o que faz no Corinthians. Nem teria como. Nas equipes, tudo é mais treinado, o entrosamento chega a ser instintivo. Mas o meia foi exatamente o que a Seleção precisava, tanto na saída de jogo, ao receber a bola dos zagueiros e até do goleiro Alisson para dar qualidade à origem dos lances, quanto na chegada à frente para finalizar e marcar o segundo gol diante dos peruanos.

O goleiro que já havia fechado o gol na vitória do Internacional sobre o Flamengo, no Maracanã, ganhou de novo do atacante peruano, que teve a primeira grande chance de marcar, mas chutou fraco, mas nãos do novo titular da Seleção. Alisson se mostrou bem colocado no restante da partida, passou segurança aos companheiros e torcedores.

45.558 pessoas estiveram na Fonte Nova para Brasil x Peru. Nem todos pagaram ingresso, então a estimativa é aproximada, mas, diante de uma renda de R$ 4.186.790,00, o preço médio do bilhete foi de R$ 91,90 em Salvador.

GE

Redação DiárioPB

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