Botafogo bate Corinthians em casa; fantasma do rebaixamento ainda assusta os dois
O Botafogo venceu o Corinthians por 1 a 0, na tarde deste domingo, no estádio Nilton Santos, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado fez o Alvinegro carioca chegar a 38 pontos, só um atrás do time paulista – e ambos seguem preocupados com o risco de rebaixamento. A distância do Botafogo para o Z-4 é de quatro pontos, e a do Corinthians, de cinco. Faltam seis rodadas (18 pontos em jogo para cada time). Destaque para Gatito Fernández, que estava havia seis meses sem jogar, recuperando-se de lesão, e fez defesa impressionante, à queima-roupa, no último lance, em finalização de Léo Santos.
O gol do jogo, aos 27 minutos do primeiro tempo, gerou confusão sobre sua autoria. A bola claramente bate em Ralf e entra – na cobrança de escanteio, o volante tentava afastar, mas acabou mandando para o fundo da rede. A arbitragem, porém, deu o gol para Rodrigo Lindoso, que estava à frente de Ralf. A bola mal desvia no jogador do Botafogo. Mesmo assim, o volante ganhou o gol de presente – ele agora divide com Kieza a artilharia do Botafogo no Brasileirão, com sete gols.
Os jogadores do Corinthians reclamaram muito a não marcação de um pênalti de Marcinho em Roger, aos 21 minutos do segundo tempo. No lance, ambos estão olhando para a bola, quando vem o cruzamento da direita, e Roger cai após ser tocado por Marcinho. O árbitro Leandro Vuaden entendeu que não houve nada faltoso. Vale ressaltar que, no início da jogada, há um aparente toque da bola na mão de um jogador do Corinthians.
Roger saiu de campo revoltado: “Estou esperando ele dar entrevista depois do jogo. Sempre nós, jogadores, temos que vir justificar. Pênalti ridículo não marcado, eu não tinha por que me jogar, estava na bola. Para que serve o árbitro atrás do gol? Foi pênalti, claro, eu estava na bola. É ridículo, ridículo.”
O grande personagem do jogo foi Gatito Fernández. Recuperado de uma fratura no punho direito, o goleiro do Botafogo voltou a jogar após seis meses e foi decisivo, pegando finalização à queima-roupa de Léo Santos no último lance. “Sei que não estava 100%, estou treinando só há duas semanas, mas queria ajudar meus companheiros”, disse Gatito, na saída do gramado.
O Botafogo mereceu a vantagem por 1 a 0 sobre o Corinthians. A equipe dirigida por Zé Ricardo acelerou o jogo e teve em Erik sua principal opção para abrir a retranca armada por Jair Ventura. Lindoso comemorou, mas foi de Ralf o desvio contra o próprio gol que abriu o placar. Lento e pouco criativo, o Timão teve uma atuação inofensiva no ataque e praticamente não acionou Danilo.
Com o centroavante Roger no lugar do volante Gabriel, o Corinthians foi para o abafa, passou a ter mais a posse de bola, mas seguiu com problemas na armação. A melhor chance acabou sendo a que não aconteceu – a do pênalti não marcado de Marcinho em Roger, aos 21. O Botafogo, por sua vez, se fechou e passou a explorar os contra-ataques. Brenner perdeu uma oportunidade clara, em lance de três contra dois. Lindoso ainda meteu uma na trave, de cabeça, aos 35. Mas foi por muito pouco que o Corinthians não empatou no último lance, quando Gatito, que estava há seis meses sem jogar, pegou finalização à queima-roupa de Léo Santos.
GE