Ativistas em JP participam de protesto global contra mudanças climáticas
Nesta sexta-feira (20), ativistas de todo o mundo organizam um protesto global contra as mudanças climáticas. Cansados de esperar atitudes para frear o aquecimento global e as ameaças ao meio ambiente por parte dos governantes, jovens ambientalistas criaram a Greve Global pelo Clima, com início no dia 20 e término no dia 27.
O movimento é inspirado no Fridays For Future (Sextas pelo Futuro), protagonizado por Greta Thunberg, uma jovem ativista sueca de 16 anos, que desde o ano passado, boicotava suas aulas, toda sexta-feira, para protestar diante do parlamento sueco em defesa do meio ambiente. Greta afirma que as mudanças climáticas podem “roubar o futuro” das novas gerações; e o temor e a urgência da pauta, fez com que o movimento se espalhasse rapidamente, tomando outras proporções e aglutinando cada vez mais jovens.
O primeiro protesto global aconteceu em março deste ano, que contou com a participação de mais de 100 países, inclusive o Brasil. Em maio, a segunda manifestação contou com atos em mais de 15 cidades brasileiras. Agora, a greve chega no momento em que o mundo volta seus olhos para a devastação e as queimadas na Amazônia, além de cortes em pesquisa na área de mudanças climáticas e interferências do governo federal nos órgãos de fiscalização ambientais. A expectativa, então, é que esta mobilização seja um divisor de águas na luta em defesa do clima e meio ambiente, no Brasil.
De acordo com Max Almeida, mestrando em Ciência Política e Relações Internacionais e membro do GESEne (Grupo de Estudos sobre Segurança Energética) da UFPB, “O nordeste brasileiro é uma das regiões do planeta mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas, assim como parte da África. A mesma já sofre com períodos de seca, as quais irão se intensificar com o aumento do aquecimento global.” Para o mestrando, “é fundamental que políticas de redução de emissões e adaptação para regiões, principalmente para as mais pobres sejam tomadas com urgência. De acordo com o IPCC, o nordeste do Brasil já sofre esses efeitos, os quais irão se intensificar até 2030, 2050, atingindo seu ponto mais crítico em 2100.”
No Brasil todo, mais de 40 cidades aderiram a greve. Em João Pessoa, as ONGs Engajamundo e Minha Jampa, e o projeto Peace of Rising, convocaram um protesto marcado para sexta-feira (20), a partir das 9h, em frente ao Centro Administrativo Municipal.
Sobre a Minha Jampa:
Criada em 2016, a Rede Minha Jampa é uma ONG que trabalha com controle social, fiscalizando o executivo e legislativo municipal. Através da criação de campanhas sobre causas importantes da/na cidade. A rede convoca os pessoenses a agirem online ou offline. Atualmente, a Minha Jampa conta com uma base de mais de 16 mil pessoas e segue alertando e atualizando seus membros. Este ano, em parceria com o Engajamundo na campanha Peça Parada: chega de poluição!, fizeram uma pesquisa com o usuários de transporte público e constataram que 7 em cada 10 pessoas se incomodam com a poluição emitida pelos ônibus; e cerca de 60% dos entrevistados afirmam que frear as mudanças climática é responsabilidade do governo, sociedade e empresas. Ainda em junho, no dia Mundial do Meio Ambiente, as ONGs protestaram contra a poluição cobrindo 7 estátuas da cidade com máscaras.
Para saber mais:
Minha Jampa: www.minhajampa.org.br
Engajamundo: http://www.engajamundo.org/
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