As dez cervejas mais vagabundas do Brasil
MALTA
Abre Uma! é o seu slogan, conselho que você não deve seguir nem se enfiarem uma agulha de tricô na sua uretra. Mais fétida que o cabelo do Carlinhos Brown, lembra Cebion dissovido em caldo Knorr. Tão lastimável que se fosse a única bebida alcoólica do mundo, imediatamente eu iria para o AA: Oi, meu nome é Daniel, é minha 16ª passagem por aqui. Pretendo me livrar do álcool e, dependendo da mensalidade da Univer$al, virar evangélico.. |
Já vão longe os tempos em que Zezé, Chitão e outros sertanejos cantavam seus jingles na TV. Hoje a pobre Bavaria não tem nem site foi relegada à prateleira de baixo dos supermercados, geralmente em latinhas amassadas. Ela não tem o chulé nem o gosto exagerado de álcool presente nas outras low-cost. Seu problema está no gás, que é estranhamente ardido. Fora isso, beleza. É uma Skol de quarto mundo. |
É uma cerveja inofensiva, e isso não é um elogio. Se estiver bem gelada, até te passa a perna num primeiro momento. Basta a temperatura subir 0,5ºC para o desespero começar. Sem punch nenhum, tem gosto de gelo derretido em copo de uísque vagabundo também conhecido como gosto de água suja. É saída para fazer quantidade em fim em churrasco, servida após várias rodadas de cervejas boas. |
Achei que o nome se justificaria no dia seguinte, pela chance de acordar com a bateria da Vai-Vai alojada na cabeça. Mas não é que ela é razoável no quesito harmonia? Vai bem também no fantasia, pois o selo protetor não gruda na lata. Perde pontos em evolução, já que é produzida pela Conti. Mas se tratando de vagabundas, a Samba é melhor que muita musa do Funk. |
Diretamente de Recife, a cerveja Frevo tem gosto de sarampo líquido (e ela nem é tão líquida assim) misturado com hemodiálise. A cada três goles, uma lágrima escorre do olho esquerdo. A essa altura, o direito já está cego. Nem para Tubarão que quiser harmonizar um suculento surfista com algo líquido é recomendada. Indico até Krill no lugar. |
Na teoria é tipo Stout, na prática é Caracu misturada com a diarréica Malzbier. Sua rançosa espuma te premia com um bigode à la baixinho da Kaiser, que pegou a Karina Bacchi, que por sua vez, ficou (por 20 mil) com o Cristiano Ronaldo. Pelo gosto e nome, Mãe Preta deveria ser a cerveja oficial da macumba: harmoniza com o charuto do Pai de Santo e é ideal pra embebedar a galinha do despacho. |
Pense no desespero. Agora imagine que ele é uma cerveja. Eis a Cintra, apelidada pela nossa equipe de Skol from hell. No copo, ela apresenta mais bolhas que água tônica e um dourado pálido e pouco convidativo. O colarinho lembra espuma suja de garapa. Mostrouu alto grau de empapuçamento, prejudicando o restante da noite de degustação, já que ao tomar você desenvolve uma momentânea aversão a alcoól. |
Seguindo a estelionatária tendência das latinhas mais finas, a Crystal deixa um gosto na boca que lembra demais um Guaraná Diet genérico. Para ajudar, a cola do selinho gruda na lata e deixa vestígios de alumínio e cola. O 1º gole é horrível. A 1ª lata é difícil de tomar. Mas, depois de ficar meio bêbado, com certo esforço dá para pensar que é Brahma guardada aberta de um dia para o outro sob a churrasqueira. |
A breja disputa em pé de igualdade com a Cintra o título de Skol from Hell, ou seja, cerveja com gostinho de Álcool Zulu que vai bater no seu fígado com raiva. Antes disso, ela assusta pelo cheiro e pela aparência quase sem espuma e sem bolhas. Recomendada apenas para os mais fortes (e aos suicidas). |
Esse atentado ao bom senso ficou por último por um nobre motivo: foi a única cerveja que não conseguimos tomar uma lata inteira. Ela é doce de um jeito bizarro e vira espuma de shampoo para lavar cachorro quando entra em contato com a língua. E, claro, nem para te deixar bêbado serve. É a pior cerveja já feita. Quem não pode beber, que peça uma Coca. É mais digno. |
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