Amazonino e Braga vão disputar 2º turno para governo do AM
O segundo turno das eleições para Governo do Amazonas será disputado entre os candidatos Amazonino Mendes (PDT) e Eduardo Braga (PMDB). Segundo a Justiça Eleitoral, com 100% dos votos apurados neste domingo (6), Amazonino teve 38,77% dos votos válidos e Braga recebeu 25,36%. A votação ocorre no dia 27 de agosto
Amazonino e Braga acompanharam a apuração dos votos em suas casas, nas zonas Centro-Oeste e Oeste de Manaus, respectivamente. Após a confirmação do 2º turno, ambos os candidatos seguiram para os comitês de campanha, onde devem conceder coletivas de imprensa ainda neste domingo (2).
Amazonino Mendes, 77 anos, nasceu em Eirunepé. Em 1983, Mendes chegou à Prefeitura de Manaus. Em 1987, um ano após o término do seu mandato de prefeito, foi eleito pela primeira vez governador do Amazonas. Em 1990, ele chegou ao Senado. Três anos após ser eleito senador, o político retornou à Prefeitura. Desta vez, o mandato dele durou dois anos. Isso porque, em 1994, ele deixou o cargo para assumir, pela segunda vez, a função de governador do Amazonas. Ele ficou no cargo até o ano de 2002. Em 2004, tentou candidatura à Prefeitura de Manaus, mas foi derrotado por Serafim Corrêa. Em 2006, amargou outra derrota, desta vez para o governo. Ele foi vencido por Eduardo Braga. Em 2008, Amazonino voltou a se candidatar à Prefeitura, sendo eleito no 2º turno.
Eduardo Braga, que tem 54 anos, teve o primeiro cargo político como vereador. Foi eleito deputado estadual em 1986, sendo líder do governo e relator da Constituição do Amazonas. Em 1991, foi eleito para deputado Federal. Natural de Belém (PA), ele foi escolhido vice-prefeito de Manaus e secretário de Obras em 1992. Dois anos depois, assumiu a Prefeitura. Em 1998 e 2000, perdeu as eleições para o governo do Amazonas e prefeitura de Manaus, respectivamente. Seu primeiro mandato como governador do estado foi em 2002, quando foi eleito em primeiro turno. Ele ficou no cargo por dois mandatos. Em 2010, foi eleito senador e em 2014 perdeu para José Melo a eleição para governo.
Amazonino destacou durante sua campanha reordenar o orçamento e a aplicação de recursos com foco em três áreas. Na educação, ele afirma que a Universidade Federal do Amazonas (UEA) voltará a ter recursos e atuará por meio de parcerias para ofertar cursos de qualificação para suprir a demanda do Polo Industrial. Na saúde, ele garante o funcionamento pleno de toda a rede hospitalar. Para aumentar a segurança, a prevenção e repressão a crimes será feita com parceria das Forças Armadas, Polícia Federal e trocando informações estratégicas com os outros estados.
Eduardo se comprometeu, na área da saúde, em zerar as filas de consultas especializadas, exames e cirurgias com o programa Mutirão Cidadão, abastecimento de medicamentos e criar a Central de Laudos de Exames Gráficos e de Imagens. Na segurança, ele quer fortalecer o policiamento ostensivo nas áreas com maior incidência criminal e reduzir assaltos no transporte coletivo. Já na área de Educação, diz que vai retomar as obras paralisadas dos núcleos da UEA e criar o programa UEA Solidária, para formandos como contrapartida social à população do interior.
Campanha
Em pouco mais de um mês, candidatos usaram o horário eleitoral e entrevistas para apontar problemas nas propostas de Amazonino e Braga. Os concorrentes afirmavam que os dois políticos integram o grupo que se reversa no poder há, pelo menos, 30 anos, sem apresentar solução para o desenvolvimento do estado.
Amazonino, que chegou a anunciar “aposentadoria” da política, retornou à disputa afirmando ter experiências para reerguer as contas do Amazonas. Ele afirma que sua campanha é um “ato de amor” ao estado. Ao receber críticas ao concorrer ao governo aos 77 anos, ele chegou a declarar que irá administrar um estado e não “correr maratona”. Ele tem como vice o deputado estadual Bosco Saraiva (PSDB).
Com a frase “Amazonas está na UTI”, Braga concentrou as críticas aos últimos governados do Amazonas. O política afirma que as contas vermelhas do estado são resultado de um governo sem capacidade de gestão. O senador também rebateu críticas por ter como vice o seu ex-adversário político Marcelo Ramos. Braga e Ramos foram concorrentes na eleição de 2014 para governo do Amazonas.
G1