Alessandra Leão assume guerrilha cultural

[pods field=”ENTREVISTA”]Alessandra Leão 2De passagem por João Pessoa, onde realizou show neste sábado, 21, Leão diz que prefere se manter “na guerrilha”, realizando shows de forma mais independente e colaborativa, como nessa mini-turnê que promoveu recentemente em algumas capitais nordestinas, tocando, além da capital paraibana, em Recife, Natal e Salvador. “Eu adoro o carnaval. Sou foliã apaixonada, mas não compensa tocar uma noite e ficar meses de estresse para receber o cachê depois”, acrescenta.

A cantora pernambucana Alessandra Leão deverá passar o carnaval 2017 em São Paulo, onde está radicada há mais de três anos. Ela revelou que não pretende mais se submeter aos critérios duvidosos da escolha dos artistas a serem contratados pela Prefeitura do Recife para atuarem na festa momesca. “O processo de seleção não é claro, sem transparência. O pessoal do governo acha que está fazendo favor aos músicos e artistas”, desabafou.

Trilogia

Alessandra trouxe para os fãs paraibanos o show de seu último trabalho, uma trilogia de EP’s chamado “Língua”. Entre 2014 e 2015 ela lançou “Pedra de Sal” e “Aço”. Nesse último, Leão gravou as faixas “Corpo de lã” e “Foi no porão” com a coquista e cirandeira paraibana Odete de Pilar. “Fazia tempo que eu queria gravar com ela e finalmente conseguimos no disco Aço. Eu sinto o mesmo encantamento estético ouvindo Odete ou Nina Simone, por exemplo”, diz ela.

Que rótulo?

Alessandra Leão não gosta de dizer que sua música é “regional”. Ela prefere dizer que constrói suas sonoridades sobre uma plataforma estética “tradicional”. A cantora, que iniciou sua trajetória ainda no final da década de 90 do século passado, com a banda “Comadre Fulôzinha”, quando a cena musical recifense começava a efervescer, diz que a música tradicional do Nordeste não precisa ser “modernizada”.

“Numa noite de côco, de ciranda, a criação está se dando ali, na hora. É um jornal vivo, constantemente atualizado”, reflete. “Eu só sei fazer assim. Esse é o jeito que eu faço a música”, complementa.

Berra Boi

Nos shows que realizou em Natal, João Pessoa e Recife, Alessandra convidou os músicos paraibanos da banda Berra Boi, o mais novo projeto comandado por Esmeraldo Marques (Chico Correia & Eletronic Band), que agrega pitadas de música eletrônica e live music com ritmos tradicionais.

A parceria deu muito certo e traz para a Turnê de Verão da cantora um up-grade interessante, com formato mais compactado e mais intimista. Pena que o promotores do show em João Pessoa sub-dimensionaram a avidez do público pessoense por ouvir Alessandra novamente e o espaço no salão da General Store ficou muito pequeno para uma apresentação tão saborosa.

DIÁRIOPB por Dalmo Oliveira

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