A Mística do duelo entre Flamengo e Internacional
As curiosidades sobre o Flamengo que demitiu Abel que chegou no Internacional e agora disputam o título
É, meus amigos! Estamos chegando na penúltima rodada desse Brasileirão cheio de surpresas e, para deixá-lo ainda mais saboroso, teremos neste domingo (21) a final antecipada entre Flamengo e Internacional no histórico Maracanã.
A pontualidade dos Urubus
O clube da Gávea vem com sua força e mística rubro-negra, com peculiaridades e coincidências com os títulos brasileiros de 2009 e 1987. Pois, em 2009, Inter e São Paulo disputavam a liderança do campeonato, e, com uma arrancada impressionante, o Flamengo assumiu a ponta pela primeira vez na 37ª rodada e não largou mais, deixando o Inter como vice-campeão e o São Paulo na terceira colocação, assim como pode fazer agora.
Entretanto, dessa vez é um pouco diferente; pois quem vem em uma arrancada surreal é o Internacional do Abelão, que bateu o recorde de sequência de vitórias do campeonato e pode se tornar campeão nessa rodada que virou uma final para os dois clubes.
Final que nos faz lembrar de 1987, quando os dois decidiram o brasileirão, na época com mata-mata para decidir o título. E assim como no primeiro turno dessa temporada de 2020, o primeiro jogo da final de 87, no Beira-Rio, terminou empatado.
No Maracanã o Mengão ganhou por 1 x 0 e foi campeão com gol de Bebeto, no jogo em que teve mais uma aparição do urubu rubro-negro no gramado (mascote do clube desde que o primeiro urubu invadiu o Maraca carregando a bandeira do Flamengo contra o Botafogo em 1969).
Dessa vez, o símbolo rubro-negro foi retirado de campo pelo atacante do Flamengo, Renato Gaúcho; que tinha um grande time em campo com Zico e companhia, mas não viviam bons momentos.
Assim, como em 2009 com Adriano e Petkovic, só acordaram no final do campeonato para ganhar títulos que quase foram abandonados no meio do caminho. No entanto, como um urubu sobrevoando a liderança; chegou ao final com a esperança e a força de sua torcida para saborear essas conquistas surpreendentes.
No pique do Saci
Já a mística que o Colorado traz para esse final de Brasileirão pandêmico é emocionante e surreal. Embora amargue trabalhos decepcionantes nos últimos anos, Abel Braga chega ao Inter para tentar manter a boa campanha de Coudet, treinador que saiu do time no meio do campeonato.
Contudo, o trabalho do Abel começou em queda; e ninguém acreditava mais no distante título, que o Internacional não ganha há 41 anos. Por outro lado, a torcida acreditava no sonho; e o time conseguiu impressionantes 9 vitórias seguidas e, como um Saci travesso, foi num pé só a liderança.
E quem vem no centro de tudo isso é o Abelão que, no meio dessa sequência de triunfos, se tornou o técnico com mais números de jogos do Internacional; e também o maior da história, na minha humilde opinião.
Esse histórico treinador colorado é responsável pelos maiores títulos do Internacional, fazendo muito sucesso em 2006. Naquele ano conquistou a Libertadores, derrotando o favorito e campeão Mundial de 2005 São Paulo; e o Mundial de Clubes, superando o poderoso Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, com gol do criticado Gabiru.
Entretanto, teve maus momentos nos últimos anos; mas Abel Braga demonstrou muita força e energia superior. Aceitando as críticas, justas ou não; superou os problemas e voltou a briga pelo título nacional. Mesma energia e força superior que o fez transcender as adversidades de 2006 e fazer história.
Agora, Abel reencontra nessa final o time que treinou no início de 2019, quase esquecido após a chegada de Jesus no Rubro-Negro. Vale lembrar que o próprio Abel fez parte da classificação na fase de grupos da histórica Libertadores; mas de início irregular do campeão Brasileiro. Assim, também dirigiu o time carioca na última derrota que sofreu para o Inter em maio daquele ano.
Embora tenha alcançado mais de 60%de aproveitamento, o treinador acabou demitido; sendo criticado por não fazer a equipe jogar bonito.
Portanto, temos nesse jogo o time do Abelão que deu certo; contra a equipe que não aceita mais o estilo de jogo do treinador, pois não combina com esse Flamengo.No entanto, percebemos que se encaixou perfeitamente no Internacional.
E para completar o duelo ainda temos a disputa de troféus, onde o Flamengo tem 54 contra 53 títulos do Colorado (somando os títulos estaduais, regionais, nacionais e internacionais).
E ai, qual mística prevalecerá nessa disputa histórica de 2021?
Por Diogo Coelho