GERAL

Bancada feminina na Câmara quer aprovar PEC que torna o estupro crime inafiançável e imprescritível

Aprovada no Senado em 2019, a proposta pode agora avançar na Câmara, em reação ao chamado "PL do estupro", que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio

Em meio a intensos debates na Câmara dos Deputados, a bancada feminina se mobiliza contra o “PL do estupro”, que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. Como resposta, as parlamentares estão pressionando pela aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa tornar o estupro e o feminicídio crimes inafiançáveis e imprescritíveis, informa Igor Gadelha, do Metrópoles.

O projeto de lei chamado de “PL do estupro”, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), sugere que a prática do aborto após a 22ª semana de gestação seja punida com a mesma severidade de um homicídio, com penas que variam de seis a 20 anos de prisão. Este movimento tem gerado indignação entre a opinião pública e as parlamentares femininas.

Como parte de sua estratégia para contrapor o PL, a bancada feminina está impulsionando uma PEC apresentada em 2019 pela então senadora Rose de Freitas (Podemos-ES). A proposta foi aprovada no Senado no mesmo ano, mas desde então está paralisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, aguardando a nomeação de um relator. Em 2023, o deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) foi designado relator da PEC, mas ele não apresentou um relatório antes de deixar de ser membro da CCJ em 2024. Agora, as deputadas buscam reativar o processo e pressionam para que a PEC avance.

A PEC defendida pela bancada feminina propõe mudanças significativas na forma como o Judiciário lida com crimes de estupro e feminicídio. A proposta estabelece que esses crimes não podem ser sujeitos a prescrição, o que significa que os agressores podem ser processados a qualquer momento, independentemente de quando o crime foi cometido. Além disso, torna os crimes inafiançáveis, retirando a possibilidade de libertação sob fiança para suspeitos.

Atualmente, a pena para estupro varia de seis a dez anos se a vítima for maior de idade, e de oito a doze anos se a vítima for menor. As parlamentares argumentam que é inconcebível que a proposta de penalidade para o aborto seja mais severa do que para crimes de violência sexual.

Brasil 247

Ouça nossa Rádio enquanto você navega no Portal de Notícias


  Podcast Dez Minutos no Confessionário

Redação DiárioPB

Portal de notícias da Paraíba, Brasil e o mundo

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo