Estudo aponta: mais de 98% dos quilombos no Brasil estão ameaçados
Ao todo, são 485 quilombos registrados no Brasil. Deste total, 347 (70%) encontram-se em processo de titulação
Estudo inédito divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Socioambiental (ISA) revela a grave situação das comunidades quilombolas no Brasil: mais de 98% dos territórios estão ameaçados. Isso é o que mostra o em parceria com a Coordenação Nacional de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).
Segundo o levantamento, divulgado no portal G1, operam dentro de terras quilombolas a exploração mineral, atividades de agricultura e pecuária, e também imóveis rurais particulares. Ao todo, são 485 quilombos registrados no Brasil. Deste total, 347 (70%) encontram-se em processo de titulação. Os territórios quilombolas ocupam 3,8 milhões de hectares, o que corresponde a 0,5% de todo território nacional.
As comunidades quilombolas são agrupamentos de descendentes de africanos escravizados que fugiram das fazendas, minas e cidades onde eram forçados a trabalhar no Brasil. Essas comunidades formaram-se inicialmente em áreas remotas, muitas vezes em regiões de difícil acesso, como florestas e montanhas, para escapar da captura e retomar uma vida de liberdade.
Histórico de Resistência e Autossuficiência: Os quilombos surgiram como uma forma de resistência ao sistema escravocrata e são conhecidos por sua autossuficiência, cultivando alimentos e organizando sua própria estrutura social e política.
(Com informações do Brasil 247)