Bolsonaro passou o Carnaval esperando ser preso e precisou ser acalmado por aliados
Agora, a estratégia de Bolsonaro é enfatizar sua popularidade, como na manifestação marcada para o dia 25, para evitar ser preso. O movimento, porém, pode ter o efeito contrário
Durante o Carnaval, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrentou momentos de “alta tensão”, segundo Bela Megale, do jornal O Globo, alimentados pela preocupação com a possibilidade de ser preso. Relatos de aliados políticos indicam que Bolsonaro chegou a temer ir para a cadeia, especialmente após a prisão do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, por porte ilegal de arma e posse de uma pepita de ouro.
Segundo fontes do partido, Bolsonaro expressou emoção ao comentar a prisão de Costa Neto, refletindo seu nervosismo. Diante dessa situação, auxiliares próximos de Bolsonaro intensificaram seus esforços para acalmá-lo.
Pessoas ligadas a Bolsonaro buscaram orientação no meio jurídico, incluindo contatos no Supremo Tribunal Federal (STF), para avaliar a possibilidade de sua própria prisão. Apesar das preocupações, durante o feriado, não houve indicações de que uma ordem de prisão estivesse iminente. Somente na segunda-feira é que Bolsonaro começou a demonstrar certa tranquilidade, especialmente em suas interações com correligionários do PL.
A estratégia atualmente adotada por Bolsonaro e seu grupo é enfatizar sua popularidade, destacando a participação em eventos como a manifestação convocada por ele para o próximo dia 25 na Avenida Paulista, em São Paulo. Bolsonaro acredita que demonstrações de apoio podem influenciar o Judiciário, mostrando as consequências que uma eventual prisão poderia acarretar. No entanto, fora da bolha bolsonarista, a avaliação é de que a manifestação poderá levar Bolsonaro direto para a cadeia.