INTERNACIONAL

Rússia amplia área de influência militar e terá base em região separatista da Geórgia, diz governo local

Para fazer frente à atual ofensiva ucraniana, a Rússia vai instalar uma base naval no norte da Geórgia, país europeu que faz fronteira com o cidades russas do sul, anunciou o governo local.

A base funcionará na Abecásia, uma região separatista da Geórgia comandada por um governo pró-Russia.

“Assinamos um acordo e, em um futuro próximo, a Marinha russa terá ponto de destacamento permanente no distrito de Ochamchire”, afirmou o líder da Abecásia separatista, Aslan Bzhania, ao jornal russo Izvestia.

A ideia da Rússia é ter mais força e rapidez para resistir a recentes ataques da Ucrânia. Kiev, como parte da estratégia de contra-ataque, tem enviado drones e bombardeado cidades do sul da Rússia e a Crimeia – a península ucraniana invadida e anexada por Moscou em 2014.

Um ponto de saída para operações no mar Morto.

Rússia e Geórgia mantêm relações complexas. Os dois países protagonizaram uma guerra, curta mas extremamente violenta, em 2008 devido às tensões provocadas pela vontade da Geórgia de estabelecer uma aproximação com o Ocidente.

Após o conflito, Moscou reconheceu a independência de dois territórios separatistas do norte do país, Abkhazia e Ossétia do Sul, onde tem presença militar atualmente.

Aslan Bzhania, que deve ter uma reunião com presidente russo, Vladimir Putin, esta semana, declarou que o objetivo do acordo é melhorar as capacidades de defesa tanto da Rússia como da Abkhazia.

“Este tipo de cooperação continuará”, declarou ao Izvestia.

Na últimas semanas, a Ucrânia intensificou os ataques contra instalações russas na Crimeia, uma península anexada por Moscou em 2014.

No fim de setembro, Kiev bombardeou a sede da frota russa no Mar Negro, em Sebastopol, e afirmou que matou mais de 30 militares russos.

Nesta quinta-feira, o governador da região russa de Kursk, Roman Starovoit, acusou o exército ucraniano de atacar a cidade de Rylsk com bombas de fragmentação, uma arma controversa.

“Uma mulher foi ferida por estilhaços e foi hospitalizada”, anunciou o governador no Telegram.

Em julho, o governo dos Estados Unidos anunciou que o exército ucraniano havia começado a utilizar este tipo de armamento, fornecido por Washington. O uso é polêmico porque carga se dispersa e pode provocar muitas vítimas civis.

g1 MUNDO

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Redação DiárioPB

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