GERAL

Ailton diz que mandante da morte de Marielle é um ex-deputado do RJ

O político que supostamente cometeu o crime ganhou ainda mais influência após deixar a Alerj

“Preso pela PF na operação que mirou Bolsonaro, Ailton Barros disse que o mandante da morte de Marielle Franco é um ex-deputado estadual do Rio de Janeiro. A tese foi detalhada pelo próprio a pessoas também citadas na investigação que alvejou o ex-presidente”, informa o jornalista Paulo Cappelli em sua coluna no portal Metrópoles.“Nessas conversas, Ailton Barros defendeu o ex-vereador carioca Marcello Siciliano, que chegou a ser acusado de participação no assassinato de Marielle. E, em seguida, imputou o crime a um ex-parlamentar da Assembleia Legislativa do Rio”, diz.

De acordo com Capelli, “esse político ganhou ainda mais influência após deixar a Alerj. E já foi, inclusive, investigado pela Polícia Civil no âmbito das investigações sobre a morte da vereadora”.

Saiba mais

Um dos presos nesta quarta-feira (3) pela Polícia Federal na Operação Venire, Ailton Barros afirma saber quem foi o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), morta em 2018. Barros foi preso na operação que mira um grupo criminoso responsável por falsificar dados de vacinação contra a Covid-19. A mesma operação atingiu Jair Bolsonaro (PL), alvo de buscas e apreensões, seus auxiliares e o ex-vereador Marcelo Siciliano, citado durante as investigações da execução de Marielle como um dos mandantes do crime.

De acordo com o Metrópoles, mensagens reveladas pela Polícia Federal mostram Ailton Barros – que foi candidato a deputado estadual do Rio de Janeiro em 2022 pelo PL – afirmando conhecer o mandante da morte de Marielle.Durante a campanha eleitoral no ano passado, Barros se apresentava como o “01 do Bolsonaro”. Ele foi eleito suplente e tem diversas fotos em rede social ao lado do ex-mandatário. Barros foi oficial da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), mas seguia carreira civil nos últimos anos. Em 2020, foi candidato a vereador pelo PRTB. Em março de 2022, foi exonerado de um cargo de assessor que ocupava na Casa Civil do governo do Rio de Janeiro.

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