FUTEBOL

2022 consagra Messi com tri argentino na Copa e tem nova queda do Brasil para europeu

Eliminação para Croácia nas quartas de final fará a Seleção Brasileira completar, em 2026, 24 anos sem ganhar a Copa

Agora, está consagrado como melhor jogador do futebol no século XXI e com ainda mais recordes .

Apesar de Messi, a caminhada argentina não foi fácil. Logo na estreia, nem o gol do craque – o primeiro dos seus sete no Mundial – foi suficiente para evitar uma das maiores surpresas da história das Copas, a derrota por 2 a 1 para a Arábia Saudita.

E o revés precoce forçou a Argentina a disputar seis finais seguidas no Catar, pela sobrevivência.

Ganhou todas, sobreviveu e foi tricampeã mundial. Na fase de grupos, passou por México, depois de o técnico Lionel Scaloni fazer cinco mudanças na formação usada na estreia, e Polônia.

No mata-mata, eliminou Austrália, Holanda, essa nos pênaltis, e Croácia, até chegar à final contra a França. E, então, o mundo pôde ver um dos grandes jogos de todas as Copas.

No confronto, entre o presente, representado por Messi, e o futuro, com Mbappé, o futebol foi o vencedor. A Argentina abriu 2 a 0, viu o placar ficar em 3 a 3 ao fim da prorrogação e acabou sendo campeã com a última cobrança convertida por Montiel.

Teve Messi como herói, pelos 2 gols marcados e sua liderança, mas também ótimos coadjuvantes, como Dibu Martinéz, Di María, Julián Álvarez e De Paul.

Derrotada na histórica final, a França repetiu a sina de a Copa não ter um bicampeão mundial desde o Brasil em1962. Mas ao exibir força para chegar à final mesmo com as ausências de peso de nomes como Pogba, Kanté e Benzema, demonstrou que seguirá como protagonista do futebol mundial nos próximos anos.

E muito disso, também, por Mbappé. Autor de 3 gols na final, também foi o artilheiro da competição, com 8 no total.

E hoje com apenas 24 anos, deverá ser protagonista do futebol mundial por ao menos mais uma década, tendo deixado o Catar maior do que chegou, apesar da derrota.
Brasil cai de novo para europeu

Se Mbappé e a França terminaram a Copa fortalecidos, mesmo sem o título, o que se deu com a Seleção Brasileira foi o oposto. Apontada como candidata ao título, a equipe caiu nas quartas de final para a Croácia, na disputa de pênaltis, após empate por 1 a 1 na prorrogação, e completará jejum de 24 anos sem ser campeã mundial.

Igualará, assim, o período entre 1970 e 1994, seu maior sem títulos desde a sua primeira conquista, em 1958.

Além disso, pela quarta vez nas últimas cinco Copas, a Seleção caiu nas quartas de final. E todas as últimas cinco eliminações foram para seleções da Europa.

Dessa vez, até venceu duas delas na fase de grupos – Suíça e Sérvia –, mas, após golear a Coreia do Sul nas oitavas de final por 4 a 1, sucumbiu diante da Croácia.

E se Messi e Mbappé foram protagonistas na Copa, Neymar, companheiro de ambos no Paris Saint-Germain, não conseguiu fazer o mesmo. Se lesionou na estreia, voltou no mata-mata e fez um golaço diante da Croácia, que ia colocando o Brasil nas semifinais.

Mas viu a equipe sofrer o empate nos minutos finais da prorrogação, sendo apenas um espectador na disputa de pênaltis.

A decisão de deixar Neymar como último cobrador foi uma das várias críticas feitas a Tite, primeiro técnico deste Telê Santana em 1982 e 1986 a dirigir o Brasil em duas Copas seguidas.

O time até mostrou força ofensiva, com boas atuações de Vinicius Junior e Richarlison, mas a falta de maior controle do meio-campo e as decisões tomadas diante da Croácia culminaram na sua decepcionante saída da seleção.
Marrocos e sua torcida surpreendem

Algoz do Brasil, os croatas perderam nas semifinais para a Argentina, depois de duas vitórias nos pênaltis, sendo a primeira sobre o Japão, e terminaram a Copa em terceiro lugar, depois de superarem, por 2 a 1, a sensação da competição: Marrocos, que se tornou a primeira equipe da África a ser semifinalista do torneio.

E fez isso impulsionada por seus fanáticos torcedores, que deram vida às arquibancadas dos estádios do Catar.

Com tal apoio e um sistema defensivo forte, Marrocos conseguiu avançar em um grupo que tinha Bélgica e Croácia como favoritas, depois eliminando duas seleções apontadas como candidatas ao título: Espanha e Portugal, que viu o ocaso do seu maior astro Cristiano Ronaldo – ele terminou o torneio como reserva de sua seleção, ainda que tenha se tornado o primeiro jogador a fazer gols em 5 Copas diferentes.

Outras equipes europeias também decepcionaram e ficaram pelo caminho precocemente, casos da Bélgica, que não conseguiu ir além da primeira fase, e, principalmente, da Alemanha, que pelo segundo Mundial consecutivo não avançou nem para as oitavas de final.

Acabou sendo, assim, uma Copa também marcada pela diversidade, com cinco continentes representados nas oitavas de final e três nas semifinais, algo exemplificado pelas vitórias do Japão diante das campeãs mundiais Espanha e Alemanha e da Austrália eliminando a Dinamarca.

E a seleção anfitriã, o Catar, foi o destaque negativo, com 3 derrotas, 7 gols sofridos, 1 marcado. Foi não só a pior campanha da competição, mas também de um país-sede nas 22 edições da história das Copas.

Fora de campo, o Catar não se saiu muito melhor. A sua controversa escolha para sediar a competição forçou a realização do torneio em novembro e dezembro para fugir do calor do país no meio do ano.

Além disso, mortes foram registradas na construção dos estádios. E ainda houve veto à venda de bebida alcoólicas nas arenas e proibição, pela Fifa, de manifestações pelos direitos LGBTQIA+.

O torneio no Catar também representou o fim de uma fase: a da Copa do Mundo com 32 seleções, iniciada em 1994. Em 2026, 48 equipes vão se enfrentar na 23ª edição do torneio, marcada para Estados Unidos, Canadá e México.
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