Escritor e dramaturgo W. J. Solha será homenageado no 16º Fest Aruanda
A organização do 16º Fest Aruanda anuncia que W. J. Solha – escritor, contista, roteirista, cordelista, produtor, dramaturgo, diretor, ator e artista plástico – será o homenageado da edição 2021. Ele receberá o Troféu Aruanda pelo conjunto da obra e pela passagem de seus 80 anos neste ano. O festival será realizado de 9 a 15 de dezembro de forma híbrida, na rede Cinépolis, no Manaíra Shopping, e transmitida on-line pela Plataforma Aruanda Play. As inscrições para os concorrentes estão abertas até 20 de setembro.
Sobre a decisão do festival pela homenagem, Solha se pronunciou por meio de um texto enviado à produção do evento em que afirmou em tom bem-humorado: “Bom, é a primeira vez que faço 80 anos e está cedo ainda pra dizer alguma coisa a respeito. Mas ao saber – através de Lúcio Vilar – dessa homenagem do Fest Aruanda, pela data, começo a pensar que tudo valeu a pena e – mais ainda -, ir em frente. Caramba, como foi bom ver minha antiga cria literária, ‘A Canga’, virar o grande curta de Marcus Vilar e ser o velho camponês desesperado pela miséria, de seu filme!”.
Sobre o fato de ter sido dirigido por Kleber Mendonça, reiterou a importância do filme, premiado e coroado pela crítica, além de outras experiências que precederam o longa-metragem pernambucano: “Que grande experiência ter participado – como rico empresário pernambucano – do elenco de ‘O Som ao Redor’, do Kleber Mendonça Filho! Como foi gostoso ter sido o dono do casarão do pai de Ariano Suassuna, no ‘Antoninha’ de Laércio Filho. Como valeu a pena ter produzido – com José Bezerra Filho e o povo de Pombal – o primeiro longa paraibano de ficção, ‘O Salário da Morte’, do Linduarte Noronha, em que fiz o papel de matador de aluguel, quando, na vida real, acabara de escapar de um!”, relatou.
Solha tem vários romances, alguns premiados nacionalmente, como “Israel Rêmora”, “A Batalha de Oliveiros” e “Relato de Prócua”, além de vários poemas longos, dos quais o último – “Vida Aberta” foi finalista do Jabuti, e “História Universal da Angústia”, finalista em 2006, com prêmio da União Brasileira de Escritores, do Rio, do mesmo ano.
Como ator teatral, foi Pilatos por três anos no “Auto de Deus”, de Everaldo Pontes e, na tela grande, obteve o prêmio de melhor ator coadjuvante pelos trabalhos nos longas “Era uma vez eu”, “Veronica”, de Marcelo Gomes (Festival de Brasília de 2012), e em “O som ao redor”, de Kleber Mendonça Filho ( Festival de Porto Alegre 2013 ).
Marcou-o bastante o trabalho no curta “A Canga”, de Marcus Vilar e a produção – com José Bezerra Filho e o povo de Pombal, do primeiro longa paraibano de ficção em 35 mm, “O Salário da Morte”, dirigido por Linduarte Noronha, em 69. Nestes próximos dias, será lançado seu tratado poético-filosófico “1/6 de laranjas mecânicas, bananas de dinamite”, pela Arribaçã, de Cajazeiras.
Assessoria