RIFANDO A BOLA

Primavera nas Laranjeiras

A primavera surgiu nas Laranjeiras: após 8 anos de estiagem, o Fluminense voltou a chover na Libertadores

O Fluminense viveu essa semana um dos momentos apoteóticos de sua história mais recente: Uma reestreia, a conquista da vaga para a Libertadores da América, maior competição interclubes do continente americano. O time regido por Roger Machado conta com um esquema ainda um pouco verde na mão, porém tem tudo para aflorar nos confrontos que estão por vir no torneio.

Sem poder contar com David Braz, acometido por covid, no último duelo, contra o River, o mandatário do fluzão escalou um time com muitos talentos da base. A exemplo de Luiz Henrique e Kaiky, de 17 anos, jogador mais novo a atuar pelo Fluminense em uma Libertadores.

Por outro lado, trouxe alguns nomes importantes da história do clube, como Fred e Nenê, e também uma zaga composta por Nino e Luccas Claro, uma dupla pra lá de segura quando o assunto é defender o patrimônio.

Durante o primeiro tempo não houve muita compaixão para com o tricolor. E não tardou para o River abrir o placar. Cometendo um pênalti infantil, de escolinha, o goleiro Marcos Paulo ajudou muito o time argentino. 13 minutos de jogo, cobrança perfeita e matadora de Montiel, River Plate 1 a 0  no Fluminense.

Com dribles animadores e um alto astral invejável, Santos Borré e companhia levavam os hermanos a mais uma vitória certa, Gallardo já não se incomodava tanto com os erros, parecia tudo normal naquela noite. E o apito é soado. Fim de papo.

Segundo tempo em curso: reacende a disputa, algumas chances criadas para cada lado; enfim surge o nome do jogo. Assim, aquele que havia saído do Corinthians para jogar uma libertadores pelo Fluminense e havia sido deixado no banco por Roger Machado: Cazares.

Aos 21 minutos do segundo tempo, em um passe primoroso para Fred, Cazares fica sendo dono da primeira assistência da Libertadores da América pelo Fluminense. Um golaço de Fred. Gol de artilheiro, empate certeiro, um placar que agradava, em parte, aos tricolores. E assim acabou o jogo, 1 tento anotado para cada lado.

Alguns dizem que as Laranjeiras estão a florir, virou primavera no Fluzão: Roger tem regado bem a base. Entretanto, outros dizem que o River Plate sai no prejuízo; pelo futebol que tem apresentado nas últimas edições da Libertadores.

Uma coisa é unânime: todos dizem é que Cazares, em alguns minutos de jogo, deixou seu nome na história desse grande time no umbral da magia do futebol internacional da Latino América.

 

Por Emanuel Reis.

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