Orquestra Sinfônica Jovem apresenta concerto com repertório romântico
Obras de compositores românticos alemães e russos farão parte do repertório da próxima apresentação da Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba (OSJPB), nesta quinta-feira (19), às 20h, na Igreja Presbiteriana de João Pessoa, localizada no bairro Tambiá.
A entrada para esse segundo concerto da temporada será a doação de 1kg de alimento não perecível, a ser destinado a trabalhos assistenciais da igreja, parceira da Orquestra para realização dos concertos. A regência será do maestro Luiz Carlos Durier, com participação da solista Paula Dantas (violino).
O concerto tem um caráter didático e de interação com a cultura de outros países. “Com a música aprendemos esquemas formais, caráteres e estados de ânimo. A Jovem aprende tocando, exercita seu potencial artístico e comove o público. Apresentando em conjunto belas obras musicais, a OSJPB cumpre, também, sua função social, que é a de levar a música para população como diversão de qualidade”, disse o maestro, titular da Orquestra Jovem.
O repertório contém uma marcha, um concerto para violino interpretado pela violinista Paula Dantas, integrante da Jovem, música de ballet e um capricho que retrata o exotismo espanhol. Uma variedade de estilos, onde a beleza e a dança foram pontos de inspiração na preparação do concerto.
A apresentação terá início com a ‘Marcha Turca – Das Ruínas de Atenas’, Op. 113 de Beethoven, música incidental para a peça teatral de August von Kotzebue. O título vem da expressão alla turca, que em parte se deve ao acréscimo dos instrumentos de percussão não utilizados na época à obra, tais como: pratos, triângulo e bombo, muito utilizados nas bandas militares turcas, como também a esquema rítmico característico da cultura do Império Otomano.
Felix Mendelssohn levou seis anos para escrever esse concerto, celebrado em todo o mundo. Inovações importantes como interligar os três movimentos foi um grandefeito. No primeiro movimento, o tema de abertura cantado no solo é memorável. O segundo chega com uma nota solitária do fagote, que leva a uma canção lírica. O último movimento é uma homenagem apropriada à tradição virtuosa do concerto, onde o solista em grande diálogo com a orquestra executa passagens de alto grau de dificuldade.
A beleza e leveza da Valsa do ballet “A Bela Adormecida” de Tchaikovsky conquistou o público, regentes e orquestras como peça de concerto. A melodia meiga e os feitos harmônicos são de tirar o fôlego do público.
O exótico ‘Capricho Espanhol’, Op. 34 pretendido inicialmente como uma obra para violino e orquestra, tornou-se uma composição puramente orquestral. Os temas foram extraídos da coleção ‘Ecos de Espanha’, de José Inzenga, muito em moda na época. A peça é composta em cinco andamentos interligados.
A Alvorada Alegre é interpretada por toda a orquestra, abre como um convite à dança. Nas variações que seguem há um belo momento de lirismo nas vozes das trompas, corne inglês e em todas as cordas. A Alvorada volta viva e estrepitosa, mais uma vez deslumbrante. O Canto Cigano é o momento mais importante da obra com cadências de metais, violino, flauta, clarinete e harpa. O Fandango Asturiano encerra a obra recapitulando as melodias anteriores de forma positiva, otimista e brilhante. Essa obra estrondosa conquista o ouvido de muitas plateias, que retribui sempre aplausos calorosos.
Paula Dantas – Iniciou os estudos de violino em 1994 aos sete anos de idade no Centro de Ensino Suzuki. Em 2004 concluiu o curso de musicalização na Escola de Musica Anthenor Navarro (Eman). Participou da Orquestra Infantil da Paraíba, da Camerata Abdon Milanez (UFPB) e de concertos com a Orquestra Sinfônica da Paraíba, AMUSA, OSUFPB e concerto barroco com o Grupo Camena. Participou também de gravações musicais com artistas locais e nacionais. Desde 2002, é integrante da OSJPB sob a regência do maestro Luiz Carlos Durier. Atualmente é aluna de mestrado do programa de Pós-Graduação em Música na área de Práticas Interpretativas da UFPB.
Funesc