Tijolaço: Sem tempero e sem molho, Alckmin é o prato insosso da direita em 2018

AlckminA formalização da saída de Luciano Huck da disputa presidencial, formalizada hoje, gerou, como era previsível, uma “freada de arrumação” no campo da direita para a eleição de 2018.

A renúncia dupla de Tasso Jereissati e Marconi Perillo à briga pela presidência do PSDB foi quase imediata e consolidou, de uma vez por todas, que Geraldo Alckmin é , ao menos com valor declaratório, o candidato presidencial das alas tucanas. Uma, porque ficou sem plano “B”; outra, porque Michel Temer não tem nem é uma alternativa minimamente viável, neste momento.

Até Aécio Neves reconheceu agora há pouco em O Globo que Alckmin é a “solução natural” tucana. Além de Arthur Virgílio Neto , que diz querer ser candidato, sem expressão alguma para isso – só quem ainda não manifestou apoio a essa fórmula foi, justamente, o ex-pupilo de Alckmin, o agora órfão João Dória.

Ficou sem saída e, provavelmente, sem candidatura alguma: nem presidencial nem ao Governo do Estado.

Ninguém espere de Alckmin discursos histéricos ou a busca desenfreada, como fazia Dória, de ser o “anti-Lula”. Ele trabalha para ocupar este papel na prática, não no discurso. Confia que a máquina partidária, seu tempo de televisão e o peso econômico e eleitoral de São Paulo bastarão para tomar o segundo lugar de Bolsonaro e ser o anti-Lula eleitoral.

Quanto a Michel Temer vai manter-se tucanamente no muro: nem contra, nem a favor, muito antes pelo contrário.

A recíproca não é verdadeira: embora sem muitas palavras, Temer fará o que puder contra Alckmin, enquanto ainda puder fazer alguma coisa.

Tijolaço

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