Netflix anuncia nova série original brasileira

Samantha NetFlixA Netflix anunciou nesta terça-feira, em São Paulo, o lançamento ainda neste ano da série “Samantha”, uma comédia original que será produzida no Brasil.

O anúncio foi realizado pelo CEO e cofundador da Netflix, Reed Hastings, que destacou a importância do Brasil nos planos estratégicos da empresa em uma conferência sobre tecnologia.

No entanto, poucas informações foram dadas sobre a comédia, que contará a história de uma atriz, estrela dos anos 1980, casada com um jogador de futebol que ficou preso durante dez anos.

“Samantha” será realizada pela produtora brasileira Los Bragas e tem estreia prevista para esse ano, apesar do elenco e da direção da série ainda não terem sido anunciados.

A comédia será o terceiro projeto da Netflix no Brasil, depois da internacionalmente elogiada “3%”, que já garantiu sua segunda temporada, e de uma série dirigida por José Padilha, ainda em fase de produção, baseada na Operação Lava Jato.

Apesar de não divulgar números por país, Hastings destacou que o Brasil, onde o serviço de streaming estreou em 2011, é considerado um “sólido foguete” para a companhia, por seu consistente e robusto crescimento. Atualmente, a Netflix tem 93 milhões de assinantes no mundo, 40 milhões fora dos Estados Unidos.

“Há cinco anos decidimos que nosso primeiro mercado de expansão internacional seria a América Latina e o Brasil, e valeu a pena”, disse Hastings.

Na conferência, Hastings traçou uma linha do tempo da evolução dos meios de entretenimento, desde a criação dos primeiros aparelhos de reprodução musical, passando pelo rádio e televisão, até chegar à internet, que deu ao consumidor a mobilidade que, para ele, é a principal razão do sucesso da Netflix, junto com a redução de custos para a produção de conteúdo audiovisual.

Para Hastings, a possibilidade de assistir a um programa ‘on demand’, na hora e como o consumidor quiser, ou seja, pelo computador, celular ou tablet, se compara à revolução que a telefonia celular representou.

“Daqui a 20 anos alguém vai perguntar o que significa um programa ir ao ar às 8h da noite”, comparou.

Perguntado sobre a possibilidade de ser aprovada a limitação do consumo de dados no Brasil – projeto que tramita com o lobby das empresas de telefonia que atuam no país – Hastings foi otimista.

“A tendência ao redor do mundo é fornecer mais e mais dados. Consumidores têm se unido para lutar contra qualquer tipo de limitação”, afirmou o CEO.

A Netflix foi uma das quase 100 empresas americanas de tecnologia que assinaram uma ação legal contra a restrição de viagens aos EUA de cidadãos de sete países de maioria muçulmana.

Para Hastings, o combate à proibição decretada há 10 dias pelo presidente americano Donald Trump é uma questão profissional, já que as empresas de tecnologia do Vale do Silício, na Califórnia, onde fica a sede da Netflix, empregam muitos estrangeiros, e também uma questão moral, por discordar da discriminação baseada em nacionalidade ou religião.

EFE

Ouça nossa Rádio enquanto você navega no Portal de Notícias


  Podcast Dez Minutos no Confessionário

Redação DiárioPB

Portal de notícias da Paraíba, Brasil e o mundo

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo