O preço dos alimentos não para de cair
A prévia da inflação do mês, o IPCA-15, de novo apresentou queda: dos 0,17% marcados em julho, o índice recuou para 0,14% em agosto. É a menor taxa para o indicador desde julho de 2013 e a menor para meses de agosto desde 2010. De junho para julho, a queda foi de 0,30%.
O principal motivo para o resultado é a baixa no preço dos alimentos – caíram, por exemplo, os preços da batata-inglesa (-20,42%), do tomate (-16,47%), do feijão-carioca (-5,49%), das hortaliças (-5,13%), do óleo de soja (-3,17%) e do feijão-preto (-3,11%). Vale lembrar que os alimentos já haviam apresentado queda em julho.
Vestuário (de 0% para -0 18%), comunicação (de -0,10% para -0,84%) e despesas pessoais (de 1,74% para -0,67%) também apresentaram deflação. Pelo outro lado, habitação (de 0,48% para 1,44%), transportes (de -0,85% para 0,20%) e educação (de -0,07% para 0,42%) tiveram alta e impediram uma baixa ainda maior. O acumulado no ano foi para 4,32%, de novo dentro da meta da inflação – o que acontece há dez anos.
Os seguidos resultados positivos da economia brasileira parecem finalmente estar convencendo ospessimistas – de acordo com análise publicada no jornal O Estado de S. Paulo(link is external), a desaceleração do IPCA-15 mostra que a manutenção da taxa Selic em 11% foi uma atitude correta do governo federal. Ainda segundo o texto, as expectativas de inflação do Banco Central devem ser revisadas para índices menores nas próximas divulgações.
DPB