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Projeto Algodão Paraíba será apresentado em evento internacional em Goiânia

algodão coloridoA Paraíba participará, entre os dias 2 e 6 de maio, em Goiânia (GO), de dois dos maiores eventos mundiais do setor algodoeiro: a 6ª Edição da World Cotton Research Conference (WCRC) e Biennial Conferenced of the Internacional Cotton Genome Initiative (ICGI). O diretor técnico da Emater (GU), Vlaminck Paiva Saraiva, representará o Estado apresentando o Projeto Algodão Paraíba a convite da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Itamarati, integrante do Ministério das Relações Exteriores.

Na ocasião, ele fará ampla explanação sobre o projeto, que teve início ano passado, a partir de uma articulação feita pela Emater (GU) entre agricultores, instituições e o mercado, objetivando a revitalização da cadeia produtiva do algodão.

Durante a apresentação, o diretor técnico da Emater da Paraíba informará aos presentes que, em meados do século XIX, o Nordeste brasileiro foi o mais importante produtor e exportador de algodão do Brasil. Na Paraíba, a cultura foi responsável por elevados índices de crescimento econômico e populacional e a cidade de Campina Grande se destacou por ter o segundo maior entreposto comercial de algodão do mundo.

Na sua avaliação, o Projeto Algodão Paraíba vem resgatar a história do desenvolvimento do povo nordestino com um grande diferencial por estar baseado nos princípios da agroecologia e da economia solidária. “É uma experiência inovadora de desenvolvimento local sustentável com enfoque participativo na gestão da produção e comercialização, onde é possível as famílias agricultoras discutirem com os extensionistas sobre a melhor época e forma de plantio, demandarem a necessidade real da pesquisa e negociarem diretamente com empresas compradoras do algodão” explicou.

O projeto – O objetivo principal do Algodão Paraíba é a participação do agricultor familiar na cadeia produtiva do algodão orgânico, melhorando os índices de produção e baixando seus custos, como também a interação com as cadeias produtivas da bovinocultura e caprinovinocultura de leite e carne.

De acordo com o presidente da Gestão Unificada Emepa/Interpa/Emater (GU), Nivaldo Magalhães, o projeto foi viabilizado graças a uma grande articulação de pessoas, instituições e mercados interessados na cultura do algodão. Aconteceram diversas reuniões para definição do papel e da responsabilidade de cada participante, envolvendo a produção com assistência técnica e extensão rural da Emater (GU), a pesquisa sob responsabilidade da Emepa (GU), Embrapa Algodão e a comercialização e logística, de responsabilidade das famílias agricultoras, suas organizações, a Coopnatural e a Indústria Têxtil Norfil.

Durante todo o processo de implantação do Projeto Algodão Paraíba, segundo Nivaldo Magalhães, foram observados todos os programas e políticas públicas existentes e como poderiam beneficiar os agricultores familiares. Ele relatou que, após todas as articulações e entendimentos, foram identificados e selecionados quatro pólos de produção: Médio Sertão, Curimataú, Borborema e Agreste, firmados os contratos de compra e venda e, por fim, elaborado o cronograma de atividades que compreende época de plantio, capacitação modular dos agricultores, implantação e Unidades Técnicas Demonstrativas (Utds) e realização de dias de campo.

A estimativa de produção para a safra agrícola 2015/2016 é de 160 toneladas de pluma de algodão branco orgânico, numa área plantada de 300 hectares, beneficiando cerca de 150 famílias agricultoras.

Secom/PB

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