Com maturidade e experiência, Rio controla os ânimos e fatura 11º título
ra a 12º final consecutiva do time do Rio e de Bernardinho, buscando o 11º título na história da equipe. E quem acha que o apetite por conquista diminui por conta da sequência, está enganado. Neste domingo, as cariocas deram mostras de que a vontade de vencer e a experiência fazem a diferença na hora decisiva. Lideradas por Gabi e Natália, o Rexona-Ades despachou a corajosa equipe do Praia clube por 3 sets a 1 (25/18, 26/28, 28/26 e 28/26) na decisão da Superliga, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília.
“Foi uma maturidade que adquirimos nos últimos anos. Foi um jogo tenso, amarrado. Foi um jogo de muita adrenalina. Não foi de altíssimo nível em técnica, mas contribuímos em outros fundamentos. O trabalho delas adquiriu maturidade e consistência. São jogadoras que suportam pressão como pouco se viu no vôlei feminino. Não foi uma grande atuação, mas ganhar de um time como o Praia, que fez uma grande temporada, e suportar essa pressão, é importante”, afirmou Bernardinho.
Porém, o Rio não teve um jogo simples pela frente. Fazendo a primeira final da sua história, o Praia deu trabalho e mostrou que não foi por acaso que terminou a fase de classificação como a segunda melhor equipe, atrás apenas das cariocas. Com muita luta e principalmente impulsionadas pela americana Alix, as mineiras dificultaram a partida e mostraram muita superação durante toda a partida. Mas, a experiência de Gabi e Natália, aliada aos ataques precisos de Monique, não deixaram o título escapar.
No primeiro set, o Praia fez questão de mostrar que estava ligado e querendo o título inédito, pulando a frente e abrindo 3-1. Mas o Rio mostrou que também queria muito mais uma conquista ao currículo vitorioso, e tratou logo de reagir. A parcial foi equilibrada até 14-11 para as cariocas. A partir daí, o muro subiu do lado do Rexona-Ades e o bloqueio foi o fator chave para garantir uma vitória tranquila por 25-18.
Após uma certa tranquilidade para conquistar o primeiro set, o Rio não teve vida fácil na segunda parcial. Com um Praia mais atento e contando com a americana Alix inspirada, a equipe mineira endureceu a partida e manteve a parcial equilibrada até o fim. Para fechar o set, a equipe mineira confiou na sua principal jogadora e Alix atacou sobre Monique para garantir a parcial em 28-26 para o time de Uberlândia.
A vitória no segundo set deu um gás extra para o Praia, que começou o terceiro set com tudo. Logo do início, a equipe conseguiu administrar o placar e chegou ao primeiro tempo obrigatório com a diferença em 8-4. Diante de um Rio inseguro, as mineiras mantiveram o bom momento de Alix, que virava todas as bolas que tinha a disposição e chegaram a conseguir uma diferença de 19-13. Mas não é a toa que a equipe carioca é a maior vencedora da Superliga.
Embaladas por uma Monique inspirada e uma Gabi precisa no ataque, o Rio foi buscar o resultado e diante de um 23-19 teve forças para virar a partida e ter um set point a favor. Porém, o Praia mostrou que também estava disposto a lutar e segurou como pode, tentando reconquistar a vantagem que teve na maior parte da parcial, mas não conseguiu segurar o ímpeto carioca e após um bloqueio em Michele, viu o set ser fechado em 28-26.
A reação espetacular do Rio na parcial anterior deu um combustível a mais para equipe e aparentemente murchou o Praia. Logo de cara, a equipe carioca abriu 6-1 após pancada de Juciely. Mas na força de Ramirez e Waleska, as mineiras mostraram que iriam até a última bola para tentar ficar com o título inédito. Lidera pela veterana central, a equipe conseguiu virar a parcial para 17-16.
Mas nem mesmo a reação espetacular das mineiras fez com que a frieza carioca se abalasse. Amparadas pela dupla Gabi e Natália, o Rio se manteve na partida e mostrou que queria o 11º título. E o golpe final para a conquista veio nas mãos de Carol. A central aproveitou a bola que sobrou na rede e colocou no chão para fechar a parcial em 28-26 e garantir a festa Carioca na capital do Brasil.
O DIA