BRASIL

Will Smith aparece em relatório da PF relacionado a plano de golpe de Estado

Smith foi citado no documento pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES)

No relatório de 884 páginas produzido pela Polícia Federal sobre um plano de golpe de Estado em 2022, um nome inesperado chamou a atenção: o do ator norte-americano Will Smith.

Smith foi citado no documento devido à estratégia apresentada no filme Golpe Duplo (2015), protagonizado pelo ator, que teria sido mencionada pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES). A técnica em questão, chamada de “Reação de Goche”, é descrita como uma forma de influenciar comportamentos e manipular.

Segundo o relatório, essa estratégia foi mencionada pelo senador em mensagens enviadas à deputada Carla Zambelli (PL-SP), na madrugada de 26 de fevereiro de 2023. Nelas, Do Val explicava como utilizou a técnica para articular a “montagem da CPMI” (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

No diálogo, o senador sugere que Zambelli assista ao filme estrelado por Will Smith, afirmando: “Depois, leia sobre isso. Já foi mostrado no filme ‘Golpe Duplo’ – com Will Smith. […] O que ele fez no filme sobre o número 55, eu usei, nas entrevistas, a palavra principal CPMI. Usei como isca para a imprensa vir em peso”.

Conforme descrito pela Polícia Federal, o personagem interpretado por Will Smith “utiliza uma técnica semelhante para ‘programar’ mentalmente uma pessoa, fazendo-a escolher o número 55. Durante o dia, ele expôs a pessoa repetidamente ao número 55, através de vários estímulos visuais e auditivos – desde placas até diálogos, de forma que, ao final, a escolha parece ser do próprio alvo, mas na verdade foi manipulada”.

Nas mensagens trocadas, o senador detalhou quatro artifícios que utilizou para tentar atrair a atenção da imprensa. Entre eles, mencionou uma “reunião com Bolsonaro e Daniel, para que eu pudesse gravar o ministro em uma suposta tentativa de golpe contra a democracia (a reunião em si, não configura crime, mas deixei a imprensa achar que era)”.

Além disso, declarou ter dado a “entender para a imprensa que prevariquei”. Outros pontos incluíram a sua desistência ao cargo de senador e a divulgação de informações “desencontradas do local onde a reunião aconteceu, dando a entender que estava mentindo ou ficando doido”.

DiarioPB com Brasil 247

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