AGU processará coronel da Escola Superior de Guerra que atacou Lula e alegou fraude eleitoral
AGU também irá solicitar ao Ministério da Defesa o afastamento do coronel da reserva Anderson Freire Barboza da ESG
A Advocacia-Geral da União (AGU) planeja acionar judicialmente o coronel da reserva Anderson Freire Barboza, diretor do Curso de Gestão de Recursos de Defesa da Escola Superior de Guerra (ESG), por crime contra a honra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo.
Em um grupo de WhatsApp com cerca de cem participantes, Freire Barboza afirmou que as eleições de 2022 “foram roubadas sob a liderança de Alexandre de Moraes” e chamou o presidente Lula de “ladrão”. Além disso, contestou a investigação da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado. O Inquérito sobre a suposta trama golpista foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes na semana passada, com o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) e outros 36 pessoas, incluindo militares de alta patente.
A AGU, sob a liderança do ministro Jorge Messias, encaminhará uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o militar. Paralelamente, solicitará ao Ministério da Defesa o afastamento de Freire Barboza de suas funções na ESG, instituição vinculada à pasta.
Após o caso repercutir na imprensa, o coronel confirmou a autoria das declarações, justificando que se tratava de um “desabafo” motivado pelo “sentimento de tristeza” ao ver colegas indiciados por envolvimento em planos golpistas.
A Escola Superior de Guerra e o Ministério da Defesa ainda não se manifestaram oficialmente sobre o caso.
Com Brasil 247