POLICIAL

Operação da PF resulta na prisão da vereadora Raíssa Lacerda por aliciamento de eleitores

Operação Território Livre II prendeu quatro pessoas e apreendeu documentos em diferentes bairros da capital paraibana

A vereadora Raíssa Lacerda (PSB) foi presa na manhã desta quinta-feira (19) pela Polícia Federal (PF) durante a segunda fase da operação “Território Livre”, que investiga um esquema de aliciamento violento de eleitores em João Pessoa. Além de Raíssa, mais três pessoas foram detidas, incluindo uma assessora da parlamentar, no bairro Alto do Mateus.

De acordo com a PF, a operação tem como objetivo reprimir práticas ilegais de coação para forçar eleitores a votar em determinados candidatos. A vereadora é suspeita de liderar um grupo que utilizava meios ilegais para obrigar moradores de bairros específicos a votar nela nas eleições municipais. Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos em ao menos três bairros: São José, Miramar e Alto do Mateus.

A Polícia Federal também esteve no centro comunitário Ateliê da Vida, no bairro São José, de onde foram levados documentos para ajudar nas investigações. A operação foi batizada de “Território Livre” em referência à liberdade que os eleitores devem ter de exercer seu voto sem coação.

Essa não é a primeira vez que Raíssa Lacerda é alvo da investigação. Na primeira etapa da operação, realizada no dia 10 de setembro, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, inclusive na residência da vereadora. Na ocasião, R$ 35 mil em dinheiro foram apreendidos. Raíssa alegou, à época, que era vítima de perseguição política.

Raíssa Lacerda, que atualmente ocupa o cargo de vereadora como suplente, assumiu a vaga deixada pelo vereador Professor Gabriel, que faleceu em maio deste ano. Antes de retornar à Câmara Municipal, ela atuava como secretária-executiva de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de João Pessoa.

A prática de aliciamento de eleitores, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), consiste em tentar convencer eleitores, por meio de ações ilegais, a votar em um candidato. O crime é punível com detenção de seis meses a um ano, prestação de serviços comunitários e multa.

 

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Redação DiárioPB

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