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Edmundo González deixa a Venezuela após ser alvo de mandado de prisão

Político que disputou a eleição presidencial saiu rumo à Espanha

O ex-candidato presidencial da oposição venezuelana, Edmundo González, deixou a Venezuela rumo à Espanha após a controversa eleição presidencial no país sul-americano, informaram autoridades venezuelanas e espanholas na noite de sábado, após um dia de crescentes tensões diplomáticas. O anúncio foi feito em 7 de setembro, segundo a Reuters, em Brasília e Caracas.

Gonzalez, de 75 anos, que concorreu contra o presidente Nicolás Maduro em julho, partiu depois de “buscar refúgio voluntariamente na embaixada espanhola em Caracas há vários dias”, postou no Instagram a vice-presidente venezuelana Delcy Rodriguez. “Edmundo Gonzalez partiu de Caracas rumo à Espanha em um avião da Força Aérea Espanhola”, postou no X o Ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, afirmando que Madrid estava respondendo a um pedido de Gonzalez.

Este desenvolvimento político segue a eleição de 28 de julho. Democracias em todo o mundo criticaram o manejo do voto pelo governo venezuelano, que, segundo autoridades eleitorais e o tribunal superior do país, foi vencido por Maduro. A oposição venezuelana afirma que a eleição resultou em uma vitória ressonante para Gonzalez, publicando totais de votos online que afirmam mostrar sua vitória.

Esta semana, promotores emitiram um mandado de prisão contra Gonzalez em conexão com a publicação online dos totais, acusando-o de usurpar funções, falsificar documentos públicos e conspiração, entre outras acusações.

Mais cedo no sábado, o governo da Venezuela revogou a autorização do Brasil para representar os interesses argentinos no país, incluindo a administração da embaixada onde seis figuras da oposição estão abrigadas. A Venezuela rompeu relações com a Argentina após a eleição presidencial. Brasil, como Colômbia e México, pediu ao governo venezuelano para publicar os resultados completos da votação.

O governo não o fez e a autoridade eleitoral do país disse que Maduro foi reeleito para um terceiro mandato. Em uma declaração, a Venezuela disse que a decisão, efetiva imediatamente, foi devido a provas de que a embaixada estava sendo usada para planejar tentativas de assassinato contra Maduro e Rodriguez.

O Brasil disse ter recebido a comunicação de que sua autorização havia sido revogada “com surpresa”. A Argentina disse que rejeitava a decisão “unilateral”. Ambos os países instaram Maduro a respeitar a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

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