PF inicia a 28ª fase da Lava Jato e prende ex-senador Gim Argello

LAVA JATOA PF (Polícia Federal) iniciou a 28ª fase da Operação Lava Jato — chamada Vitória de Pirro — nesta terça-feira (12). Ao todo, cem policiais federais cumprem 21 ordens judiciais, sendo 14 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e quatro mandados de condução coercitiva.

As medidas estão sendo cumpridas nos municípios de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Taguatinga (DF) e Brasília (DF).

O ex-senador Gim Argello (PTB-DF) foi preso preventivamente. O ex-parlamentar ainda é alvo de um mandado busca e apreensão. Dois assessores que trabalham com ele também são alvo da operação.

De acordo com a PF, há indícios de que um integrante da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instaurada no Senado Federal e também da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) instaurada no Congresso — ambas com o objetivo de apurar irregularidades no âmbito da Petrobras em 2014 — teria atuado para evitar a convocação de empreiteiros para prestarem depoimento, em troca da cobrança de pagamentos indevidos disfarçados de doações eleitorais oficiais em favor dos partidos. A PF não confirmou se esse integrante seria o ex-senador Gim Argello.

Em acordo de delação premiada, o dono da UTC Engenharia, o empresário Ricardo Pessoa, afirmou que o senador Gim Argello pediu dinheiro para que o empreiteiro não fosse convocado para depor na CPI. A propina, no valor de R$ 5 milhões, foi paga em forma de doações de campanhas. De acordo com o ex-diretor financeiro da UTC Walmir Pinheiro Santana, que também fez o acordo de delação premiada, os partidos que receberam o dinheiro foram: DEM (R$ 1 milhão), PR (R$ 1,15 milhão), PMN (R$ 1,15 milhão) e PRTB (R$ 1,15 milhão).

O nome da operação da PF desta terça-feira — Vitória de Pirro — faz uma referência à expressão histórica que representa vitória conquistada mediante alto custo, popularmente adotada para vitórias consideradas inúteis.

Segundo a PF, em que pese a atuação criminosa dos investigados no sentido de impedir o sucesso da apuração dos fatos na CPI do Senado e CPMI do Congresso Nacional, tal fato se mostrou inútil frente aos resultados das investigações realizadas na Operação Lava Jato.

Os fatos investigados nesta fase apuram, ao menos em tese, a prática dos crimes de concussão, corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Os presos serão encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR) enquanto aqueles conduzidos para depoimentos serão ouvidos nas respectivas cidades onde forem localizados.

R7

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Redação DiárioPB

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