1,4 mil empregos: o Brasil vai ganhar uma das maiores fabricas de celulose do mundo
A paisagem é marcada por áreas de reflorestamento, mas a linha do horizonte é “furada” por “girafas metálicas”: nada menos do que 45 guindastes se destacam em meio à gigantesca construção da fábrica de celulose da Klabin, em Ortigueira, na região central do estado. Do mirante que permite ter uma dimensão da grandiosidade da obra – que ocupa o equivalente a 200 campos de futebol – os 12,5 mil operários parecem formiguinhas. A quantidade de trabalhadores é maior do que o número de habitantes em 242 cidades paranaenses.
A Klabin está construindo uma das maiores fábricas de celulose do mundo. Chamado de Projeto Puma, é o maior empreendimento privado em desenvolvimento no Paraná. Só a obra deve consumir R$ 5,8 bilhões. Mas ainda estão na conta os R$ 2 bilhões em ativos florestais – somados, os valores são semelhantes ao orçamento da prefeitura de Curitiba. Só em áreas de reflorestamento são 243 mil hectares – equivalente a cinco vezes o tamanho da capital paranaense.
Em meio à terra vermelha, se destacam também o brilho das armações metálicas e o cinza das estruturas de concreto. A fábrica toda é interligada por “pipe racks”, tubulações que abastecem fluidos e gases. Os canos, em linha reta, chegariam a 6,2 quilômetros. Já em concreto, foram descarregados 26 mil caminhões. Os 214 mil metros cúbicos seriam suficientes para fazer três Maracanãs. Uma torre de 160 metros se destaca no canteiro de obras. É do tamanho de um prédio de 55 andares – não há nenhum dessa altura em Curitiba e, para efeito comparativo, a torre panorâmica, conhecida como Torre da Telepar, tem 50 metros a menos.