Veja a repercussão internacional sobre a cassação de Eduardo Cunha
A imprensa internacional repercutiu a cassação do deputado Eduardo Cunha, no final da noite de segunda-feira (12). O plenário da Câmara cassou por 450 votos a favor, 10 contra e 9 abstenções, o mandato do ex-presidente da Casa deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para a cassação, eram necessários os votos de 257 dos 513 deputados.
O jornal americano “The New York Times” ressaltou que a votação do legislador conservador que liderou o impeachment de Dilma Rousseff foi “esmagadora” e frisou que o país segue mergulhado em uma crise política norteada por escândalos “colossais”. A publicação lembrou que o ex-deputado agora perdeu privilégios que protegem os políticos.
Veja mais repercussões internacionais sobre a cassação de Cunha:
The Washington Post
O site do jornal fala que Cunha é mais um político do Congresso a cair ante os escândalos de corrupção gigantescos que vem revoltando os brasileiros. Afirmou que o deputado agora cassado perdeu apoio do governo que ajudou a levar ao poder e virou “troféu” da oposição.
Le Monde
O jornal francês usou uma frase ameaçadora de Cunha para resumir o caso: “aquele que assume o papel de juiz hoje deve [saber] que amanhã ele pode ser julgado”. Segundo o Le Monde, a Câmara não mostrou clemência e que Cunha já entrou na votação como “um cadáver político”. O site definiu o deputado cassado como “um doutor em falcatruas políticas”.
Daily Mail
A publicação disserta sobre a crise política, a corrupção e a liderança de Cunha para levar Dilma ao impeachment. Recordou que ele entrou na política na década de 1990, pelas mãos do ex-presidente Fernando Collor de Mello, o primeiro líder brasileiro eleito após o regime militar, mas que também perdeu o cargo.
La Nacion
O argentino escreveu que a Câmara derrubou o deputado que “orquestrou” a queda de Dilma Rousseff, em mais uma nova página da crise política brasileira. Cunha foi definido com um ultraconservador, evangélico e conhecedor dos labirintos do regime do Congresso.
G1