Uma vida pela arte! Mocidade brilha ao falar de Marília Pêra
É preciso respeitar: a atual tricampeã Mocidade Alegre entrou no Anhembi como a terceira escola da madrugada de sábado para domingo e brilhou com alegorias e fantasias luxuosas para homenagear a atriz Marília Pêra, que dedicou a vida ao teatro nacional desde a primeira aparição no palco aos quatro anos de idade, com os pais. Será que o grito de “é tetra” vem na terça-feira?
Os 72 anos da atriz, que surgiu ao fim do desfile como uma verdadeira “rainha do teatro” consagrada em um carro ao lado de amigos e familiares, foram esmiuçados pela escola considerada a “Morada do Samba”. E a agremiação não decepcionou: com o poderio econômico que uma escola de tamanha tradição tem direito, brilho não faltou no Anhembi. Inclusive com uma surpresa sensacional da Rainha de Bateria.
Com 18 minutos de desfile, a bateria executou uma “paradinha” que levantou o Anhembi. Em um refrão do samba, os ritmistas pararam todos os instrumentos e também viram os cantores se silenciarem. A voz dos integrantes da escola e da arquibancada ecoou pelo Anhembi no silêncio provocado, animando o público.
A maior surpresa do desfile da Mocidade Alegre ocorreu pouco antes da primeira meia hora. A rainha de bateria Aline Oliveira apareceu de uma cápsula que elevou a garota ao nível das arquibancadas na avenida próximo ao recuo. O show encantou o publico: Aline surgiu em meio a uma fumaça misteriosa, com luzes piscando. Ela sambou bastante no palco improvisado, tocou um instrumento de percussão e a cápsula se fechou, fazendo a linda modelo “sumir” novamente. Rolou até troca de roupa e penteado no meio do desfile! Os ritmistas ainda encantaram com várias bossas bem executadas.
Entre as escolas paulistanas, a Mocidade Alegre é uma das que mais encanta em suas alegorias. Com poderio financeiro e patrocínios alavancados graças ao tricampeonato recente, a agremiação tem bala na agulha para gastar. O abre-alas espantou com sua grandiosidade: todo dourado e com vários destaques sambando em plataformas, mostrava que coisa boa estava por vir. A história de Marília Pêra foi contada em detalhes, pelo menos se observados os carros. No entanto, um defeito foi observado: no segundo carro, a letra R da palavra “Teatro” ficou pendurada. Pode vir penalidade aí…