Twitter bloqueia contas de investigados no inquérito das fake news
O Twitter bloqueou, nesta sexta-feira (24/7), as contas de investigados no inquérito que investiga ataques e fake news contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A empresa que gerencia a rede social cumpre determinação do ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito que corre na Corte sobre o tema.
Nos perfis do blogueiro Allan dos Santos e da ativista Sara Giromini, aparecem mensagens informando que as contas foram bloqueadas por motivos legais, por decisão da Justiça do Brasil. No último domingo (19/7), reportagem do Correio apontou que os perfis dos investigados continuavam ativos, mesmo após decisão de Moraes, que tem como objetivo parar a suposta prática criminosa de ataques contra as instituições
Na ocasião, Facebook e Instagram não quiseram cometar o assunto. O Twitter, no entanto, informou que “por padrão, cumpre com decisões no âmbito de processos judiciais, investigações policiais e procedimentos administrativos quando estão presentes os requisitos legais aplicáveis. Essa postura decorre do compromisso com as leis e o respeito às ordens e requisições que nos são destinadas.”
As investigações da Polícia Federal apontaram que personalidades com perfis que tem grande poder de engajamento estão por trás da organização do esquema de fake news.
Os alvos
Entre os investigados no inquérito está o blogueiro Allan dos Santos, que tem mais de 360 mil seguidores no Twitter, a ativista Sara Giromini, com 262 mil seguidores nas mesma rede.
Além do empresário Luciano Hang, com 371 mil seguidores, que também mantém atividades em todas as redes sociais. Deputados federais do PSL, como Bia Kicis, Carla Zambelli, Daniel Silveira e Felipe Barros, prestaram depoimento e também são alvos das diligências.
Na decisão, Moraes destaca que a suspensão das atividades nas contas das redes sociais dos investigados é necessário para impedir a continuidade dos delitos. “O bloqueio de contas em redes sociais, tais como Facebook, Twitter e Instagram, dos investigados apontados no item anterior “1”, necessário para a interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”, destacou Moraes na decisão.
Renato Souza