Tribunal mexicano aprova extradição de ‘El Chapo’ aos Estados Unidos
Um tribunal do México autorizou nesta quinta-feira a extradição do narcotraficante Joaquín ‘El Chapo’ Guzmán, líder do Cartel de Sinaloa, aos Estados Unidos após o juiz responsável pelo caso negar dois recursos apresentados pela defesa do criminoso e suspender outros três.
Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) disse ter sido notificada de cinco resoluções emitidas pelo tribunal sobre o julgamento dos recursos apresentados pelo criminoso.
“Em dois deles, o órgão jurisdicional resolveu negar a proteção e amparo da justiça federal, enquanto os três restantes foram suspensos”, diz a nota da PGR.
A Procuradoria informou que se “manterá atenta à continuação do procedimento até que tais resoluções fiquem firmes”.
Os advogados do líder do Cartel de Sinaloa anunciaram em setembro que se o juiz negasse os recursos, tentariam a impugnação em um tribunal colegiado, o que para efeitos práticos significaria uma nova análise do caso, que duraria de três a seis meses.
O líder da Comissão Nacional de Segurança (CNS), Renato Sales, declarou na última sexta-feira que a extradição de Guzmán deve se concretizar em janeiro ou fevereiro, assim que o Poder Judiciário resolver sobre os recursos contra a extradição.
‘El Chapo’, que está detido em uma penitenciária de Ciudad Juárez, recebeu acusações da justiça americana, no Texas, de associação criminosa, contra a saúde, crime organizado, posse de armas, homicídio e lavagem de dinheiro.
Na Califórnia, ele é acusado de associação para importação de cocaína e de possuir a droga com a intenção de distribuí-la.
O líder do Cartel de Sinaloa, que foi recapturado pela polícia mexicana em janeiro deste ano, escapou de dois presídios de segurança máxima no México, em 2001 e 2015.
Na última ocasião, ele fugiu de sua cela na penitenciária de Planalto através de um túnel. Após voltar a ser detido, ‘El Chapo’ ficou novamente neste presídio até maio, quando foi transferido para um complexo penal em Ciudad Juárez, na fronteira com os EUA.
EFE