INTERNACIONAL

Tribunal Internacional suspende audiência após ouvir denúncias sobre o genocídio de Israel contra os palestinos

Tribunal Internacional de Justiça iniciou nesta quinta a análise da denúncia - endossada por países como o Brasil - contra o genocídio em Gaza. Israel será ouvido na sexta

A primeira audiência no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) sobre a representação da África do Sul contra Israel por crime de genocídio contra os palestinos, nesta quinta-feira (11), foi encerrada após a Corte ouvir os argumentos apresentados pela África do Sul, país responsável pela denúnca contra o Estado iraelense na corte internacional.

Segundo a Al Jazeera, os argumentos israelenses serão apresentados na sexta-feira (12), mas o presidente Isaac Herzog já sugeriu a provável linha de defesa que deverá ser adotada pelo seu país. “Estaremos no Tribunal Internacional de Justiça e apresentaremos com orgulho o nosso caso de utilização da legítima defesa… ao abrigo do direito humanitário internacional”, disse ele, de acordo com a France24. Uma decisão sobre possíveis medidas de emergência deve ser tomada no final deste mês. As decisões da TIJ são definitivas e sem apelação, mas a corte não tem força efetiva para aplicá-las.

A ação contra Israel foi apresentada pela África do Sul em dezembro, em meio aos clamores de diversos países para que fosse estabelecido um cessar-fogo na região de Gaza. Na sessão desta quinta-feira, o ministro da Justiça sul-africano, Ronald Lamola, destacou que os palestinos sofrem “opressão e violência sistemáticas” há 76 anos.

A petição de 84 páginas apresentada pela África do Sul alega que Israel violou a Convenção de Genocídio de 1948. Tanto Israel quanto a África do Sul assinaram a Convenção de Genocídio das Nações Unidas. Todos os signatáios têm a obrigação de não cometer genocídio e também de prevenir e punir tal ato. O tratado define genocídio como “atos cometidos com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.

A Organização dos Países Islâmicos (OIC), bloco que contém 57 membros, manifestou seu apoio ao caso no fim do ano passado. Também reiteram o apelo ao fim do genocídio o Ministérios das Relações Exteriores da Malásia, Turquia, Jordânia, Bolívia, Maldivas, Namíbia e Paquistão. A Liga Árabe, aliança com 22 membros, também afirmou aprovação ao caso sul-africano na quarta-feira (10), em conjunto com Colômbia e Brasil, que divulgaram seu apoio em comunicados de imprensa individuais.

Pelo menos 23.210 palestinos foram mortos, em sua maioria mulheres e crianças, em ataques e bombardeios indiscriminados feitos pelas forças israelenses a Gaza desde 7 de outubro. Outros 59 mil palestinos ficaram feridos.

Com Brasil 247

Ouça nossa Rádio enquanto você navega no Portal de Notícias


  Podcast Dez Minutos no Confessionário

Redação DiárioPB

Portal de notícias da Paraíba, Brasil e o mundo

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo