Tráfico de armas: PF faz buscas em condomínio e empresa em Bayeux
Agentes da Polícia Federal fazem buscas em um condomínio no bairro Jardim Aeroporto e uma empresa, em local não especificado, na cidade Bayeux, na manhã desta quinta-feira (05).
A informação inicial era de que o prefeito de Bayeux, Berg Lima, teria um apartamento no condomínio, porém foi descartada pela própria Polícia Federal que informou trata-se de uma Operação com sede na Superintendência do Paraná, que a PF dá suporte na Paraíba.
De acordo com a PF há mandados de prisão sendo cumpridos em outros estados do Brasil, mas na Paraíba existe apenas busca e apreensão. “É uma operação que tem uma ponta da investigação que bateu na Paraíba, em alguns endereços que viemos fazendo buscas”, destacou o agente Fábio Maia.
Ainda de acordo com Maia, a operação não tem a ver com desvio de recursos públicos.
Operação Gun Express
Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (5), a Operação Gun Express, para desarticular quadrilha especializada no crime de tráfico internacional de armas de fogo, acessórios e munições.
São cerca de 310 policiais que cumprem 62 mandados de busca e apreensão, além de outros 10 de prisão preventiva, nos estados do Paraná, Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraíba, Sergipe, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Na Bahia, as cidades afetadas são Salvador, Camaçari, Lauro de Freitas e Jacobina.
A investigação teve início no primeiro semestre de 2018, quando foi identificado que armas de fogo eram remetidas pelos Correios, escondidas dentro de equipamentos de treino para artes marciais, como aparadores de chute, luvas e caneleiras.
A partir, a polícia localizou um grupo de pessoas dos estados do Paraná, Bahia e Rio Grande do Norte que atuavam em associação na importação, guarda, remessa e transporte de armas de fogo, acessórios e munições, que teriam como destino diversos outros estados do país.
A estimativa é de que o grupo remeteu e transportou, desde o ano de 2016, mais de 300 armas de fogo, investindo cerca de R$ 2 milhões na compra do armamento. A Polícia Federal ainda afirmou que parte do pagamento das armas era feito por intermédio de empresas de fachada controladas por suspeitos da Bahia e do Rio Grande do Norte para dar aparência lícita aos repasses financeiros feitos pelo sistema de transferências bancárias.
Nesta quinta-feira, são executados 27 bloqueios judiciais de contas bancárias e aplicações financeiras, bem como sequestro e arresto de bens de 26 pessoas físicas e uma pessoa jurídica, além da constrição judicial de 10 veículos em nome de terceiros. Foram decretadas, ainda, seis medidas cautelares diversas da prisão para outras pessoas envolvidas na investigação.
A Polícia Federal vai indiciar 28 pessoas pela prática do crime de tráfico internacional de armas de fogo, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.
DiárioPB com Portal Paraíba e informações do BNews