‘Toga Justa’: Carmem Lúcia pode julgar afastamento de Gilmar Mendes em ações da Lava Jato
Depois de mandar soltar “Rei dos ônibus do Rio”, Mendes está na mira da ministra chefe do STF
Nos últimos dias a opinião pública tem acompanhado uma série de decisões nefastas, tomadas pelo ministro Gilmar Mendes. A que mais chama atenção envolve o magistrado na soltura de um dos maiores empresários do estado do Rio de Janeiro: Jacob Barata Filho, conhecido como “Rei dos ônibus”.
Barata, que tem uma filha casada com um sobrinho de Mendes, foi preso mediante pedido expedido pelo juiz de primeira instância do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas. Entretanto, Gilmar Mendes acatou o pedido de soltura impetrado pelos advogados do Rei dos ônibus, determinando assim, apenas a prisão familiar, retenção de passaporte e proibição de contato com outros investigados na ação.
O ato do ministro do Supremo causou revolta na opinião pública, sendo materializada no pedido de suspeição enviado pelo Ministério Público ao STF, pedindo que Mendes se afaste do caso, por conta de suas proximidades com os investigados. A Procuradoria Geral da República, através do procurador Rodrigo Janot, aceitou o pedido do MPF do Rio e entrou com o recurso.
No pedido, Janot alega que “vínculos pessoais impedem o magistrado de exercer com a mínima isenção suas funções no processo”. A ministra Carmem Lúcia deve pronunciar-se esta semana sobre a continuação de Mendes julgando tais ações, uma vez que vários setores tem cobrado da ministra a postura de repreensão a Gilmar Mendes, que não deve se manifestar publicamente sobre qualquer assunto que esteja sob sua responsabilidade de julgamento.
Da redação
Foto:Divulgação