TOCA DO LEÃO

Tijolinhos do Mozart

O cordel “Mari, Araçá e outras árvores do paraíso”, de Fábio Mozart, foi inserido na grade curricular da rede de ensino do município de Mari, através de projeto de lei apresentado pelo vereador Gugu Xavier, em dia 19 de fevereiro de 2013. (Na foto, eu autografando o livro para meu amigo radialista Natan Epifânio)

Na justificativa, o vereador explicou que a literatura de cordel é um veículo de fabuloso fomento à identidade regional, tendo nas camadas populares seus mais constantes e fiéis consumidores, sendo através dos tempos valorizada e cultuada como a verdadeira e autêntica literatura nordestina, o livro de bolso do povo da região.

“O estudo de nossa história através do cordel “Mari, Araçá e outras árvores do paraíso” vem recuperar nossa identidade, com ótimo resultado na autoestima do aluno que entrará em contato com o gênero mais identificador de nossa cultura, ao mesmo tempo em que aprenderá sobre os fatos marcantes da história de Mari e seus filhos ilustres”, diz Gugu no documento.

Até hoje, após doze anos, o livro não chegou nas escolas de Mari. Negligência e rejeição, enquanto persiste a perda de identidade cultural.

Uma bala foi tudo o que a polícia norueguesa disparou no ano passado. Assim mesmo para testar a pontaria do soldado.

“Desejo ser um caçote / com os óio desse tamanho / pra ver aquele magote / de moça tomando banho.” (Zé da Luz)

“Desejo tocar saxotrompa nas suas trompas” – Um músico depravado.

“No que me concerne, desejo suas carnes, de conformidade com as regras”. – Um amante burocrático.

“Desejo a intermitência dos meus melhores pecados e a rotatividade dos meus mais loucos prazeres” – Poeta Maciel Caju.

“Desejo, pra que negar? Cerveja por atacado e tira gosto de um boi na íntegra”. – Dalmo de Xangô.

“Até o fim desse ano, desejo saúde para seu orifício no final do intestino grosso, porque o pior vem aí” – Madame Preciosa.

“Diante da indiscutibilidade de nossas carências comuns, peço verificar a conceptibilidade de descansar minha materialidade em sua cama nesta noite”. – Petição de advogado.

“Como suplicante/requerente/peticionário, ofereço protestação e policitação de bom comportamento, só avançando para maiores intimidades com vosso consentimento expresso, tomando em consideração vossas/minhas necessidades de abrir as válvulas e sancionar incontentabilidades acumuladas”. – Idem

Que tal fazer uma autocriticazinha? Na minha avaliação, você errou nas estratégias, foi equivocado nas principais escolhas, foi soberbo, besta e além disso, barbeiro no trânsito. Tou errado?

“Um poeta poetando é um menino cagando ‘na brisa leve das paixões que vêm de dentro’. – Vavá da Luz.

“Uma coisa me intriga: por que condenam tanto a rapariga? Deus foi claro: as raparigas chegarão no céu primeiro do que os padres e freiras. (Mateus 21:31)” – Ameba, o cafetão.

No corpo humano existem mais bactérias do que células humanas. No cérebro de Sonsinho, 70% é matéria fecal. Um fenômeno da natureza.

“As rádios não tocam nada de Luiz Gonzaga e seu legado. O mundo tá ficando burro. Falo porque não devo porra nenhuma a ninguém!” – Alceu Valença

“O grito do Ipiranga foi nosso primeiro grito de carnaval.” – Sonsinho, o historiador.

“Vou arrumar uma certidão de nascimento com 10 anos a menos de idade. Assim, terei mais 10 anos pra viver.” – Sonsinho

“Não adianta me cobrar. Jurei que não pagaria e sou muito religioso.” – Ameba, o xexeiro.

Um terço do povo da cidade culpa o prefeito pelo lixo. O restante joga o lixo nas ruas.

Bom seria se a gente pudesse demitir o prefeito por justa causa.

“Só não tou comendo o pão que o diabo amassou porque cortei os carboidratos.” (Humor Sustentável)

“Era um menino tão mau que só se tornou radiologista para ver a caveira dos outros.” – Humor sustentável.

Não acredito na sorte, mas tenho provas concretas da existência do azar.

Instituição de caridade me pede roupas velhas. Se eu doar, fico nu!

Meire Lima, a cantora de belíssima voz, é nossa conterrânea de Itabaiana. Adeildo Vieira também. Nosso abraço a esses artistas de alto nível paraibano.

Tijolinhos de hoje vai com um abraço para todos e todas que estão lendo esta coluna, porque hoje é o Dia do Abraço, para celebrar o carinho e o afeto. Abrace uma pessoa que você simpatiza.

 

VERSO DO DIA

 

Feliz aquela pessoa

Que for pega nesse laço

Demonstração de afeto

Que se dá sem embaraço

Para você que me lê

Vá desculpando o clichê

Receba meu forte abraço.

Fábio Mozart

Fábio Mozart

Fábio Mozart transita por várias artes. No jornalismo, fundou em 1970 o “Jornal Alvorada” em Itabaiana, com o slogan: “Aqui vendem-se espaço, não ideias”. Depois de prisões e processos por contestar o status quo vigente no regime de exceção, ainda fundou os jornais “Folha de Sapé”, “O Monitor Maçônico” e “Tribuna do Vale”, este último que circulou em 12 cidades do Vale do Paraíba. Autor teatral, militante do movimento de rádios livres e comunitária, poeta e cronista. Atualmente assina coluna no jornal “A União” e ancora de programa semanal na Rádio Tabajara da Paraíba.

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