“Tenho todo o interesse em dialogar com o Congresso, mas com o regimento respeitado e racionalidade”, diz Dino
"Tenho um sem número de tarefas e não posso estar lá todo dia respondendo as mesmas coisas", disse o ministro sobre os seguidos convites para esclarecer ações da pasta
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pediu que o Congresso respeite o regimento interno e tenha racionalidade ao convocá-lo repetidamente para prestar esclarecimentos sobre as ações da pasta.
“Tenho todo interesse de dialogar com o Congresso, até porque sou parlamentar, fui deputado federal e sou senador, mas com o regimento respeitado e com racionalidade porque tenho um sem número de tarefas e não posso estar lá todo dia, toda semana, respondendo as mesmas coisas”, disse Dino.
O pedido do ministro foi feito após ele não comparecer a uma audiência da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados marcada para esta terça-feira (24).
Em um ofício enviado à Casa Legislativa, Dino justificou o não comparecimento citando ameaças, inclusive de uso de arma de fogo, e a falta de decoro por parte de parlamentares ligados à base bolsonarista na Câmara. “Já recebi mais de 100 convites tanto da Câmara quanto do Senado e tenho a certeza que fui o ministro de Estado que mais foi no Congresso este ano. E continuo disposto a ir. O que estou propondo é uma racionalização. Se eu tenho dezenas de convites, o que o regimento interno da Câmara prevê? A chamada comissão geral. Se reúnem todas as comissões no plenário da Casa e o ministro vai lá. Eu estou me oferecendo a isso oficialmente já pela terceira vez hoje”, disse Dino em entrevista para a TV Globo.
“Essas questões que estão sendo alvos de novos convites já foram respondidas em outras audiências e é claro que é preciso garantir condições mínimas de debate. Então se há ameaça, se há ofensa, e há ameaça física, é claro que não posso, como cidadão e ministro de Estado me submeter a um risco físico que eventualmente ocorra em algumas situações. É por isso que o caminho que estou propondo, de compatibilização desse legítimo interesse parlamentar é a comissão geral “, ressaltou.
“Já respondi a todos aqueles itens: sobre internet, novas regras de desarmamento, sobre o 8 de janeiro… isso eu já respondi lá, na Câmara. Querem que responda novo, não há problema, mas que haja racionalidade. daí a ideia da comissão geral”, completou.
Brasil 247