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“Temos de fazer a revolução que esse país precisa”, diz Lula em ato de filiação de Ricardo Coutinho ao PT

Em ato de filiação de Ricardo Coutinho, ex-governador da Paraíba e ex-prefeito de João Pessoa, e dos deputados Jeová Campos, Estela Bezerra, Cida Ramos e a ex-prefeita de Conde Márcia Lucena – todos saindo do PSB para ingressar no PT – o ex-presidente Lula defendeu a necessidade de realizar “a revolução que o Brasil precisa”.

Segundo o ex-presidente petista, a filiação destes políticos do PSB foi uma vitória da presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann, que foi fortemente elogiada por Lula. O ex-presidente destacou que, com a inclusão dos paraibanos ao seu partido, será preciso uma “peregrinação” pela Paraíba para conversar com o povo do estado.

Ele destacou que a bancada do PSB “está voltando para o seu ninho, de onde nunca deveria ter saído”, o que também foi reforçado por Gleisi, que lembrou que “é a volta de quem nunca nos deixou” e ‘nos ajudou na caminhada contra os ataques dos golpistas’.

Além dos ex-pêessebistas, Lula e Gleisi, o evento, transmitido pela TV do PT no Youtube, também contou com a participação da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, entre outras figuras, como o músico Chico César.

Uma revolução para o povo

Lula destacou a importância do fortalecimento do PT e das forças democráticas para realizar “uma revolução social, democrática, em que os direitos humanos sejam a base central das nossas pessoas e dos nossos governos”, através de uma educação de qualidade promovida pelo Estado.

“Precisamos dizer para o povo que comer três vezes ao dia não é luxo, é uma necessidade orgânica. Que o povo tem o direito de fazer um churrasquinho […] e de ter as coisas boas da vida”, destacou o ex-presidente, que defendeu ainda um amplo programa popular relacionado a moradia, salário, seguridade, direitos trabalhistas, férias e “não trabalhar apenas em aplicativos com trabalhos intermitentes”.

O petista defendeu também um auxílio para pequenos produtores rurais, junto com tecnologia, para diminuir os custos da carne e do feijão, e de outros produtos atualmente muito afetados pela inflação.

Por isso, Lula destacou a necessidade de se encontrar com o povo. “Amanhã vou 5h30 da manhã para a porta de fábrica”, anunciou o ex-presidente, sem especificar o local.

Ele ainda lembrou que sabe o que é o sofrimento do povo brasileiro, porque já vivenciou “morar em bairro que tem enchente”. “Eu sei o que é passar fome, ficar desempregado por dois anos e não ter emprego”.

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