Tárcio revela que votará em Haddad “contra o fascismo”
O presidente estadual do PSOL e ex-candidato a governador Tárcio Teixeira tornou público que neste segundo turno da eleição presidencial votará no candidato Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, por entender que ele se constitui em alternativa à “ameaça fascista”, representada, a seu ver, pela candidatura de Jair Bolsonaro, do PSL. Tárcio, que no primeiro turno votou na candidatura própria do PSOL à presidência, disse que com o apoio a Haddad está relevando eventuais diferenças com o Partido dos Trabalhadores, até porque entende que essas diferenças “são fichinhas” em comparação com a incompatibilidade que ele diz nutrir pela candidatura do capitão reformado Jair Bolsonaro.
Tárcio Teixeira conta que a primeira e única vez em que se aliou ao Partido dos Trabalhadores aconteceu no segundo turno das eleições presidenciais de 2002. Considera que o PSDB, com o baixo desempenho alcançado nas eleições presidenciais deste ano, através da candidatura de Geraldo Alckmin, deu provas de que está afundando e sofrendo forte rejeição dos segmentos formadores de opinião na sociedade. A postura de Bolsonaro, por outro lado, conforme seu entendimento, é reacionária e intolerante, derivando para o racismo e a homofobia. “Ele incentiva claramente a cultura do ódio e esta não é a alternativa desejada pelos setores politizados da população”, afirma o ex-candidato a governador, acrescentando: “Sou 50 mas vou de 13 no segundo turno”.
O ex-candidato a governador adiantou que sua postura não se resume ao voto anti-Bolsonaro mas se traduz na participação em eventos públicos organizados por apoiadores da candidatura do petista Fernando Haddad a fim de conscientizar parcelas do eleitorado que ainda estejam desinformadas sobre o que representa de negativo na candidatura do capitão Jair Bolsonaro. Ao analisar a disputa pelo governo do Estado, admitiu não ter ficado inteiramente feliz com a votação que alcançou como candidato, mas agradou-lhe a atitude do eleitorado ao renegar expressões de oligarquias locais, “como os senadores Cássio Cunha Lima, do PSDB, e José Maranhão, do MDB, que sempre quiseram se eternizar no poder”. Por fim, Tárcio Teixeira conclamou a maioria do eleitorado a fazer frente contra a candidatura de Bolsonaro, apoiando a candidatura de Fernando Haddad ao Palácio do Planalto.