ECONOMIA

Super-ricos ficaram R$ 226 bilhões mais ricos em dez anos

Segundo a Oxfam, a taxa de imposto dos multimilionários equivale a menos de 0,5% de sua riqueza. Enquanto isso, suas fortunas crescem em média 7,1% ao ano

Nesta quinta-feira (25), a Oxfam divulgou um estudo revelador, apontando que o 1% mais rico da população global aumentou suas fortunas em impressionantes US$ 42 bilhões (cerca de R$ 226 bilhões) nos últimos dez anos, segundo o jornal O Globo. Este crescimento ocorreu em um cenário onde a taxa de impostos sobre essa elite financeira está mais baixa do que nunca.

O estudo da Oxfam, publicado às vésperas da reunião do G20 no Rio de Janeiro, destaca a crescente desigualdade econômica e a necessidade urgente de políticas fiscais mais justas. Segundo a organização, a parcela do rendimento do 1% mais rico nos países do G20 aumentou 45% nas últimas quatro décadas, enquanto as taxas de imposto mais elevadas sobre o seu rendimento foram reduzidas em aproximadamente um terço.

“Os super-ricos pagam proporcionalmente muito menos em impostos do que a classe trabalhadora”, afirmou o presidente Lula (PT). Esta declaração ecoa as palavras do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que em fevereiro deste ano destacou a evasão fiscal persistente entre os multimilionários.

Layla Yakoub, chefe da campanha “Justiça Fiscal e Desigualdades” da Oxfam na França, enfatiza que a pressão para aumentar os impostos sobre os ultra-ricos é inegável. “Esta semana é o primeiro verdadeiro teste decisivo para os governos do G20”, disse Yakoub, questionando se haverá vontade política para estabelecer um padrão global que priorize as necessidades da maioria em detrimento dos interesses de uma minoria de elite de bilionários.

A Oxfam também destaca que, globalmente, a taxa de imposto dos multimilionários equivale a menos de 0,5% de sua riqueza, com suas fortunas crescendo em média 7,1% ao ano nas últimas quatro décadas. Para mitigar essa extrema concentração de riqueza, seria necessário um imposto anual sobre a riqueza líquida de pelo menos 8%, segundo dados do Observatório Fiscal da União Europeia.

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Redação DiárioPB

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